Segunda temporada de The Handmaid's Tale estreia na quarta-feira (25)

Relembre detalhes da primeira temporada e saiba curiosidades sobre a nova fase da premiada trama

Eleita a melhor série dramática de 2017 no Globo de Ouro, dona de oito Emmy's (premiação que representa o Oscar da televisão) e de três Critics Choice Awards, a série distópica The Handmaid's Tale retorna nos EUA para sua segunda temporada nesta quarta-feira (25). Com a promessa de momentos ainda mais angustiantes, a trama vai além dos eventos do romance feminista da canadense Margaret Atwood. Relembre o trailer oficial da nova fase da trama: Mas, se nesse tempo de hiato os acontecimentos dos episódios anteriores se embolaram na sua mente, não se desespere. Confira um resumão:

Do que se trata a trama? A série é inspirada no livro O Conto da Aia, de Atwood, de 1985. Considerado leitura obrigatória nas escolas, a obra literária é colocada nos EUA em nível semelhante ao de outras grandes obras de ficção, como 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. O livro ainda inspirou um filme, uma graphic novel, uma ópera e um balé.

A produção, que formula diversas metáforas críticas, acompanha a vida de Offred, uma criada na casa do líder da República de Gilead. Ela vive em meio a uma sociedade totalitária, na qual a alfabetização foi proibida para mulheres. Com o novo regime extremista, a divisão social funciona como castas, ou seja, cada habitante é classificado em uma hierarquia social e designado apenas para cumprir uma função - em um retrocesso absurdo (ou em um espelho do que ainda nos persegue). O novo formato social surgiu com a catástrofe ambiental e com o avanço da baixa natalidade. Tendo como base o fundamentalismo religioso, esta sociedade trata as mulheres como propriedades do estado. Offred é uma das últimas mulheres férteis, o que a leva ser utilizada como escrava sexual com o objetivo de ajudar a repopular o planeta devastado. Exibido pelo Hulu, a produção foi confirmada para estrear no canal Paramount, ainda em 2018. Relembre também o trailer da primeira temporada:  E a nova temporada?  A segunda temporada, que terá no elenco novos personagens, interpretados pelos atores Marisa Tomei e Bradley Whitford, mostra como a ditadura se formou e introduz as colônias, zonas contaminadas para as quais são enviados os dissidentes, muito similares a campos de concentração.

A continuação ainda mostra os dissidentes no Canadá, incluindo Moira (Samira Wiley), que [SPOILER adiante] consegue escapar ao final da primeira temporada, depois de ser estuprada em diversas ocasiões. No novo país ela encontra Luke Bankole (OT Fagbenle), o marido de June, sua melhor amiga. Recapitulando No fim da primeira temporada, Offred/June (Elizabeth Moss) fez uma descoberta brutal: ela está grávida. Com a situação agonizante em mãos, a personagem cospe a verdade na cara de Serena Joy (Yvonne Strahovski), que 'pouco se importa' com o estresse da protagonista. Serena, que estaria atenta apenas à saúde do bebê, leva a aia até um prédio antigo e a deixa trancada no carro, permitindo que Offred visualize, de longe, a própria filhinha, Hannah. Quando a protagonista se desespera, Serena deixa claro: 'enquanto meu bebê estiver seguro, a sua filha também estará'. Aclamando pela salvação de Hannah, June pede ajuda a uma pessoa improvável: Fred Waterford (Joseph Fiennes). Enquanto a protagonista adota a postura perigosa de recorrer ao Comandante, ele, por outro lado, passa por problemas internos no seu relacionamento. A falta de confiança exala nas últimas cenas quando, em uma discussão, por exemplo, Serena utiliza tom firme para afirmar ao marido que foi ela que redigiu boa parte das leis sob as quais eles vivem, mesmo que ele tenha tomado o crédito. O ar explosivo e libertário da esposa, faz com que fique, em meio à quebra da submissão e a crítica ao machismo, o suspense de um desejo de corte dos laços entre os dois. Nick (Max Minghella), o provável pai da criança de Offred, também aparece em meio ao caos. Mas ele não traz boas notícias: Ela teria que entrar na van preta, a mesma que leva os considerados traidores. E é assim que acaba o episódio: a aia é levada da casa dos Waterford, para um destino incerto. Enquanto isso, a resistência das aias também deixou no ar a possibilidade de mudança e crescimento para as próximas etapas, já que a série mostrou que há uma resistência no Canadá. E é lá que se encontra o marido de June, Luke (O.T. Fagbenle). A questão que fica é: os dois estão longe faz tempo, mas será que ele consideraria isso quando soubesse do envolvimento da esposa com Nick? E quais seriam as verdadeiras motivações de Nick, afinal? O desfecho da temporada ainda mostrou Moira (Samira Wiley), que encontra Luke no Canadá e que já que viu de perto como funciona o regime em todos os seus aspectos. É provável, portanto, que a informante continue a ter algum destaque, já que a série vai começar a tratar do racismo em Gilead, o que talvez seja um suporte para novas posições contra países que querem negociar aias, como o México. As Colônias também prometem ganhar aprofundamentos. Na primeira temporada, elas são campos para onde são mandados os 'indesejados' (representando os preconceitos a serem quebrados socialmente, os quais travam quaisquer evoluções sociais). Lá estão: professores, cientistas e homossexuais misturados com criminosos. E é lá, nessa representação do que seriam os campos de concentração nazistas, que estão Emily (Alexis Bledel) e Janine (Madeline Brewer) no fim da primeira fase.Confira mais matérias de Vanessa Brunt (@vanessabrunt)