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Yan Carlos Silva Gregório, 18 anos, atribuiu incêndio ao adolescente que estava com ele no momento em que começaram as chamas
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2017 às 12:34
- Atualizado há um ano
O segundo suspeito de ter participado do incêndio ao Mercado Municipal de Cajazeiras, Yan Carlos Silva Gregório, 18 anos, se apresentou à polícia na manhã desta quarta-feira (28). Após se apresentar, ele foi liberado pela polícia.
Na 13ª Delegacia (Cajazeiras), Yan acusou o adolescente de 17 anos, que se apresentou nesta terça (27), de ter colocado fogo no mercado. De acordo com o delegado titular em exercício Roberto Alves, no depoimento, Yan contou que eles estavam bebendo desde as 16h, e que decidiram entrar no mercado de Cajazeiras para continuar bebendo.
Como o estabelecimento estava fechado, eles escalaram o muro para conseguir entrar. Lá dentro, continuaram a beber. Ainda de acordo com o delegado, Yan contou que, em determinado momento, foi ao banheiro e quando retornou já encontrou um box pegando fogo. Nesta terça, o adolescente havia afirmado que a responsabilidade do incêndio era de Yan. "Em realidade os dois praticaram o crime, o motivo é o vandalismo", disse Roberto Alves.
O adolescente foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI) e Yan foi liberado. Ele vai responder por incêndio criminoso, com agravante por ser um bem público. "Eles podem pegar de três a seis anos, mas com agravante pode ir até 10 anos de reclusão", explicou o delegado.
Nesta terça, o adolescente contou ao delegado que ele e Yan Carlos arrombaram um boxe de artesanato do Mercado. No local, eles encontraram uma garrafa de cachaça. Em seguida, a dupla arrombou outro boxe, que fica ao lado, onde encontraram o isqueiro. Eles colocaram fogo em um banco e empurraram o objeto em chamas para dentro do primeiro boxe arrombado, dando início ao incêndio.
O incêndioO Mercado de Cajazeiras foi atingido por um incêndio que começou na noite do dia 18 de junho, um domingo. O fogo se concentrou no segundo piso, onde ficam cerca de 70 dos 133 boxes que existem no espaço. Segundo o Corpo de Bombeiros, 20 deles foram atingidos pelas chamas.
O fogo atingiu o teto do mercado, e as telhas terão que ser trocadas, obra que ficará a cargo da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra). Parte da fachada também sofreu avarias e terá que ser recuperada.
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Desde a ocasião, existia a suspeita de que o incêndio tenha sido provocado de forma criminosa. Alguns permissionários acreditam que bandidos tenham colocado fogo no local para forçar os trabalhadores a retornarem para a Rotatória da Feirinha, de onde foram retirados há dois anos, quando o mercado foi inaugurado.
No dia 21, o primeiro piso, que não foi destruído pelas chamas, voltou a funcionar. Além disso, cerca de 20 boxes do primeiro andar do Mercado de Cajazeiras foram disponibilizados para os permissionários afetados. De acordo com o subsecretário de Ordem Pública (Semop), Beto Farias, os equipamentos vão ficar disponíveis para os comerciantes que não tiveram perda total ou que estocavam as mercadorias em outro espaço.