Sem acordo com patrões, vigilantes mantêm greve e prometem mais protestos

Nova rodada de negociações está marcada para esta quarta-feira (7), na sede do MPT

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  • Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2017 às 15:15

- Atualizado há um ano

Mais uma vez a rodada de negociações entre vigilantes e as empresas de segurança terminou sem acordo nesta terça-feira (6). Depois da reunião, um grupo de vigilantes saiu em caminhada pelo Corredor da Vitória até a sede do sindicato, na Barroquinha. Um novo encontro deve acontecer nesta quarta-feira (7), na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), às 14h. 

De acordo com o secretário de comunicação do Sindvigilantes, Jefferson Fernandes, foram os empresários que solicitaram que essa reunião fosse suspensa e marcaram uma nova reunião para amanhã. Os empresários ofereceram uma proposta de 3,63%, respeitando a data base de 1º de fevereiro, ou, caso a categoria quisesse 5%, mas o aumento aconteceria a partir deste mês.

A categoria pede 6,44%. “Começamos com 15%, baixamos pra 7% e agora estamos com 6,44%. A categoria não aceita o que eles deram como proposta e continua em greve”, explicou Jefferson.  Os vigilantes estão em greve desde o dia 24 de maio.

Nesta quarta, antes da reunião, representantes da categoria vão sair em caminhada a partir das 10h, da sede do sindicato em direção ao MPT. O CORREIO entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp), mas não encontrou nenhum representante que pudesse falar sobre as negociações.

ServiçosA greve dos vigilantes está afetando o funcionamento de diversos serviços em Salvador. Agora, algumas escolas estaduais estão reduzindo seu horário para garantir a segurança dos alunos e servidores. No bairro de São Caetano, por exemplo, algumas unidades estão funcionando parcialmente.

Desde a semana passada, o Colégio Estadual Luiz Pinto de Carvalho decidiu fechar as portas. Os quatro vigilantes que asseguravam a segurança do local decidiram continuar com as atividades - sem farda, para não receber retaliações da categoria, mas não adiantou. Segundo a direção do colégio, um representante do sindicato esteve no local retirando o único profissional que estava de plantão. Os outros três vigilantes receosos com a atitude dos representantes decidiram aderir à greve.

A greve da categoria também atingiu o serviço da agência do INSS e das agências bancárias. De acordo com o Sindicato dos Bancários da Bahia, apenas bancos públicos encerraram as atividades, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.