Sem acordo, policiais militares do RN mantêm greve após 1ª reunião com o governo

Os servidores querem o pagamento dos salários de novembro, dezembro e o 13º de 2017

  • D
  • Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 07:17

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo

Terminou sem acordo na noite desta quinta-feira (4) a primeira reunião entre o governo do Rio Grande do Norte e associações que representam policias militares e bombeiros, em greve desde o dia 19 de dezembro. O movimento foi considerado ilegal pela Justiça, que determinou prisão de policiais que incentivem a paralisação.

Entre os pontos exigidos, os servidores querem o pagamento dos salários de novembro e dezembro e o 13º de 2017 e que o governo não reconheça o movimento como greve, de modo que não haja procedimentos disciplinares contra os militares.

O governador do estado, Robinson Faria (PSD), não participou da reunião, mas a Cúpula da Secretaria de Segurança Pública deu um novo prazo para o pagamento do salário atrasado de dezembro. A data definida é 12 de janeiro, mesmo dia em que está prevista a saída das Forças Armadas do Rio Grande do Norte.

A proposta ainda será analisada pelas associações e sindicatos, que voltam a se reunir com o governo do estado no dia 10 de janeiro.

Reivindicações

Mais cedo, os grevistas entregaram um documento com 18 reivindicações ao comando da Polícia Militar e ao governo do estado.

As reivindicações, que incluem a normalização dos salários e o fornecimento de equipamentos para atividades policiais, são as mesmas desde o início da paralisação, mas só foram oficializadas agora, com a entrega do documento.

Sem policiamento, o estado enfrentou aumento da violência ao longo de duas semanas. Foram registradas 101 mortes no período. No último final de semana, o governo federal enviou 2,8 mil homens e mulheres das Forças Armadas para atuarem na segurança da região metropolitana de Natal e de Mossoró, segunda maior cidade do RN.

No dia 31 de dezembro, o desembargador Cláudio Santos determinou que os comandantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e o delegado-geral da Polícia Civil prendam os policiais responsáveis por incitar, defender ou provocar a paralisação. Até quarta-feira (3), ninguém havia sido preso, apesar da continuidade da greve.

Na quarta, a Polícia Militar e a Polícia Civil decidiram que permanecem em greve, mesmo diante do anúncio da conclusão do pagamento dos salários do mês de novembro feito pelo governo do estado, no próximo sábado (6).