Sem apego: dê vida longa às suas peças

Mulheres apaixonadas por moda incentivam o consumo consciente

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  • Da Redação

Publicado em 7 de março de 2021 às 10:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: acervo pessoal

A lembrança de alguém que amamos. Um momento especial materializado em uma peça. A primeira compra com o primeiro salário. Um clássico da moda que carrega história. A roupa que usamos pode representar bem mais que apenas um item bonito, ela reforça laços de afeto e ensina que o consumo de moda não precisa ser acelerado e nem baseado apenas em tendências. Garimpar em brechós, revirar o guarda-roupa das pessoas da família revela pequenos tesouros que dizem tanto sobre nós e que podem ter o uso prolongado por muito tempo. E não é uma questão apenas de apego irracional ou acúmulo. É, no fundo, uma escolha racional por itens atemporais, versáteis e democráticos que ultrapassam a força das tendências, exprimindo personalidade e estilo. De filha para mãe

A apegada | Guta Moura (@gutamoura) - empresária e criadora de conteúdo

O apego | “Um vestido de malha preto básico e super clean, que pode ser usado em qualquer horário do dia e em qualquer ocasião, desde que mude os acessórios”.

A história por trás | “Há  oito anos, minha filha foi morar em Londres e, tentando se familiarizar com a cidade, bisbilhotou todos os cantos da capital inglesa. O resultado? Acabou descobrindo muitas lojas de roupa vintage (que amamos). Quando se deparou com este vestido, achou que era a minha cara. Nao resistiu e comprou com seu primeiro salário da vida”.

Vai desapegar? | “Acredito que sim! Com certeza, minha filha herdará (risos). E dará uma nova personalidade à peça!” De mãe para filha  A apegada | Louise Lima (@lou_lima_) - arquiteta, maquiadora e produtora de moda

O apego | “Lenços estampados. Amo a versatilidade e as inúmeras formas que podemos usá-los, seja preso no cabelo, como acessório ou até como peça de roupa. E além disso tudo, eles vestem pessoas de diferentes faixas etárias e tamanhos”. 

A história por trás | “Sempre me pego vasculhando o guarda-roupa dos meus pais. A sensação de encontrar uma peça perdida em casa, que a gente nem lembrava que ainda existia, é muito especial. E foi assim que eu encontrei esses lenços antigos com estampas da minha mãe. São peças únicas do meu acervo”.

Vai desapegar? | “Com certeza, por serem peças atemporais sei que ainda vão ser muito usadas. Minhas sobrinhas pequenas já querem vestir. Chegam no meu quarto querendo produção completa”. De outras mães A apegada | Natália luz (@pretaluuz) - criadora de conteúdo 

O apego | “Calça Mom jeans. Ela carrega história, pois o ‘jeans da mamãe’ (composta por um corte de cintura alta e mais soltinha nas pernas) são advindas do estilo dos anos 80/90 e que foram ressignificadas, sendo super versáteis. E se ela vai servir para diversas ocasiões, descartar pra que, né?”

A história por trás | “A minha foi garimpada em um brechó aqui em Salvador, em 2018, e costumo denominar de ‘o achado’, pois é um item difícil de encontrar nos brechós físicos daqui”.

Desapega? | “Sim! Assim como foi adquirida em um brechó, ela vestiu outras histórias de quem desapegou. Em algum outro momento, por ser uma peça de qualidade, poderá se tornar algo ‘novo’ para alguém. Porém, acho que vai demorar um pouco (risos)”.