Sem oxigênio nos hospitais, Amazonas deve importar da Venezuela

Situação em Manaus é grave por conta da segunda onda de covid-19

Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 18:39

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo AFP

A crise causada pela segunda onda de covid-19 em Manaus tem provocado uma situação grave na capital do Amazonas. Com fim do oxigênio em algumas instituições médicas, a principal empresa fornecedora de oxigênio do estado do Amazonas, a White Martins, anunciou que identificou a disponibilidade do produto na Venezuela. A empresa disse estar trabalhando para viabilizar a importação do produto. As informações são do G1.

De acordo com a White Martins, a demanda de oxigênio aumentou cinco vezes nos últimos 15 dias, utilizando um um volume de 70 mil metros cúbicos diários. Esse consumo é quase o triplo da capacidade de produção da unidade local da empresa em Manaus, que é de 25 mil m3 por dia. Durante o pico da primeira onda de covid-19, entre abril e maio, o pico desse consumo foi de 30 mil metros cúbicos por dia.

Sylvio Puga, reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), instituição que administra o hospital Universitário Getúlio Vargas, por falta de oxigênio os pacientes estão sendo atendidos com ventiladores mecânicos, que precisam de apoio de uma pessoa para funcionar. 

Na terça, o presidente Jair Bolsonaro responsabilizou o prefeito de Manaus e o governo do Amazonas por "deixar acabar" o oxigênio para os pacientes com covid-19. 

Decreto Diante da situação da cidade, o governador Wilson Lima anunciou hoje um decreto que proíbe a circulação de pessoas em Manaus entre 19h e 6h. Todas as atividades, exceto as essenciais, estão proibidas de abrir. As medidas incluem a suspensão do transporte coletivo de passageiros entre rodovias e rios do estado. 

O governador também disse que o Estado entrou com ação na Justiça para que a empresa fornecedora de oxigênio garanta o abastecimento nas unidades de saúde.