'Sensação é de que a gente ia morrer', diz moradora sobre incêndio em prédio

Caixa de eletricidade pegou fogo no início da manhã desta quarta-feira (17)

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  • Amanda Palma

Publicado em 17 de novembro de 2021 às 10:16

- Atualizado há um ano

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Os moradores de um conjunto residencial no bairro Jardim das Margaridas acordaram assustados na manhã desta quarta-feira (17), com um incêndio na caixa de eletricidade do edifício. Primeiro, os moradores ouviram barulhos e, depois, a fumaça invadiu os apartamentos.

Uma das síndicas do prédio, a corretora de imóveis Edivânia Guirra, 38 anos, mora no térreo e foi o marido dela que percebeu que havia algo de errado, por volta das 5h. "Meu esposo me acordou às 5h, dizendo que a caixa estava com barulho estranho, parecendo que estava pegando fogo. O vizinho do 4º andar já desceu pegando os extintores, mas eles já tinham perdido a validade", conta.

Depois, o barulho dentro da caixa ficou intenso, o fogo se alastrou e atingiu um poste que fica na frente do prédio. "A sensação é de que a gente ia morrer queimado aqui dentro", diz Edivânia.

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As chamas ficaram muito altas, assustando os moradores, que deixaram seus apartamentos, mas Edivânia ficou muito assustada e preferiu ficar com o filho de 13 anos, que tem autismo e deficiência intelectual. "Eu não consegui sair. Fiquei com medo, meu filho ficou muito assustado, e eu fiquei abraçada com ele no chão da cozinha. Foi na frente do apartamento que eu moro".

Os moradores dos prédios vizinhos ajudaram emprestando extintores para debelar o fogo. Edivânia diz que os bombeiros só chegaram após 1 hora do primeiro chamado, pois dependiam que o fornecimento de energia fosse suspenso para conseguir atuar.

Em nota, a Coelba informou que "análises preliminares apontam que uma ligação irregular iniciou as chamas, que não afetaram os cabos da rede elétrica". A empresa disse ainda que a responsabilidade para que a fiação interna do prédio seja restabelecida é dos moradores, mas que "manterá técnicos no local para instruir os moradores até a resolução da questão".

E é justamente essa a preocupação de Edivânia. "Eles falaram que vão resolver temporariamente, mas depois, como vai ser? Porque aqui moram pessoas humildes, a taxa do condomínio é baixa, não temos como pagar. E ainda precisamos devolver os extintores dos outros prédios", pontua a moradora.