Sobre artes cênicas, aplicativos e outras histórias do universo feminino

Por Flavia Azevedo

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Publicado em 19 de outubro de 2018 às 05:00

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Rita Aquino (foto: Leonardo Pastor) Rita Aquino é carioca e apaixonada por Carnaval. Já desfilou em escola de samba, foi ginasta e acrobata. Veio para Bahia em 2006 para participar da primeira turma do Mestrado em Dança da UFBA e vive aqui até hoje com o companheiro Felipe de Assis e o vira-lata Costelinha. É dela a coordenação das atividades formativas do Festival Internacional de Artes Cênicas Bahia, cuja 11ª. edição acontece, em Salvador, entre os próximos dias 23 e 28.  Neste ano, há uma ampla oferta de oficinas, mini residência artística, conferência, curso e intercâmbio. Ainda na programação do FIAC Bahia, Rita organiza a quinta edição do Seminário Internacional de Curadoria e Mediação em Artes Cênicas. Vinculado ao grupo de pesquisa ENTRE: Artes e Enlaces, o Seminário vai instalar no Goethe-Institut um ambiente de diálogos, partilhas e invenções em curadoria e mediação cultural. Tudo com entrada franca. Tem mais no www.fiacbahia.com.br. Sueide Kintê (foto: divulgação) Sueide Kintê é aquariana, é do Axé, é do afoxé, do hip-hop e do samba chula. Da Suburbana, do Beco de Careca, da pista, do Brongo, do bafón, do babado, da batucada, da capoeiragem, do Bogum. E conecta pessoas. Jornalista, criou o aplicativo feminista "+Amor", um projeto online que tem consequências no mundo presencial. Um espaço de troca entre mulheres que se cuidam, mutuamente, com instrumentos como reflexologia podal, day care, trança-terapia, oficinas artísticas, terapias integrativas, escalda pés, atendimento psicológico e vivências lúdicas. Tudo gratuito, na base da reciprocidade. No pacote, ainda há vivências de autocuidado e cursos para mulheres com câncer, pessoas trans, em situação de cárcere e quilombolas. Entre os resultados dessa atuação, está o surgimento do Grupo Tamo Juntas (criado pela advogada Laina Crisóstomo), que hoje presta assessoria jurídica multidisciplinar gratuita, para mulheres em situação de violência doméstica. O app está liberado na loja do Google Play, para Android.  Bazá Rozê (foto: divulgação) Sábado (20)  tem a terceira edição do Bazá RoZê, das 13h às 20h, na Casa Rosada (Travessa dos Barris, 30, Salvador). Muito mais do que uma feirinha, o evento se apresenta como um encontro afetivo e artístico que tem no feminismo uma das suas bases. Na prática, o evento  reforça o empreendedorismo criativo feito por mulheres ou por quem apoia mulheres. No maior estilo "de tudo um pouco", tem moda, arte, comida, dança, tatuagem, famílias, galera e boa música. Nesta edição, por exemplo, show de Filipe Lorenzo e Jam de Ivan Huol e banda Geleia Solar. Para entrar, R$10. Conto das 7 Mulheres (foto: divulgação) O “Conto das 7 Mulheres” nasceu, em 2017, do desejo de sete artistas da palavra oral buscarem espaços e ouvintes para contar histórias. A ideia é narrar os contos da tradição de formas diversas. Os eventos promovidos pelo grupo funcionam como espaços de troca, de intercâmbio de contos, performances e diferentes modos de narrar. Amanhã, às 19h, na Pousada do Boqueirão (Santo Antônio Além do Carmo, Salvador), elas narrarão histórias sobre o mar. Nesta edição, o Conto das 7 Mulheres convida a contadora de histórias Gislayne Matos, uma das mais importantes narradoras orais do Brasil. Cada um paga o quanto puder, mas a quantidade de pessoas é limitada. Chegue cedo.