Sobreviventes de tragédia da Chape tentam voltar à vida normal

A diretoria do clube irá realizar homenagens às 71 vítimas nesta quinta-feira (29), em Chapecó

  • D
  • Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 09:56

- Atualizado há um ano

. Crédito: Josep Lago / AFP

Os seis sobreviventes da tragédia com o voo da Chapecoense tentam, dois anos depois, retomar suas vidas e deixar para trás tudo que aconteceu. São os casos de Alan Ruschel, Jakson Follmann, Neto, Rafael Henzel, Erwin Tumiri e Ximena Suarez.  Alan conseguiu voltar aos gramados desde o ano passado e tem atuado normalmente pela Chapecoense. Após a tragédia, casou com a namorada Marina e espera pelo nascimento do filho Luca. Embora ainda tenha dificuldades para fazer alguns movimentos, garante estar em totais condições para jogar.  Follmann, que perdeu a perna direita no acidente, casou-se com Andressa, sua namorada, e atualmente é embaixador do clube, faz curso para se tornar dirigente e é dono de um clínica que vende próteses para amputados em Chapecó. Quanto ao zagueiro Neto, ele tem voltado lentamente aos treinamentos, após duas cirurgias nos joelhos e a expectativa é que ele retorne aos gramados no ano que vem. O jornalista Rafael Henzel continua trabalhando na rádio Oeste Capital FM, em Chapecó.  A comissária de bordo Ximena Suarez já disse algumas vezes que sonha voltar a voar, mas que ainda não teve condições psicológicas de entrar em um avião desde a tragédia. Entretanto, trabalha em um aeroporto. E o técnico de voo, Erwim Tumiri é o sobrevivente que mais evita a imprensa. Atualmente, ele é piloto particular na Bolívia e está estudando para ser piloto de voo comercial. LUTA CONTRA O REBAIXAMENTO

Dentro de campo, a Chapecoense continua na luta para evitar um inédito rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O clube de Santa Catarina, ao lado de Cruzeiro, Flamengo, Santos e São Paulo, faz parte da lista de cinco times brasileiros que desde que jogaram pela primeira vez a Série A, nunca foram rebaixados em torneios nacionais.  Para se manter na elite, a Chapecoense precisa vencer o São Paulo no domingo (2), na Arena Condá. Caso isso não ocorra, precisará torcer para que América-MG (que visita o Fluminense) e Sport (que recebe o Santos) tropecem. A Chapecoense tem 41 pontos e é o primeiro time fora da zona de rebaixamento. Logo abaixo aparece o América-MG (40) e Sport (39).  A diretoria resolveu fazer uma intensa campanha para encher o estádio no final de semana. Os ingressos terão preços promocionais e custarão a partir de R$ 10. Além disso, há uma intensa propaganda nos veículos de comunicação de Chapecó incentivando os torcedores a irem ao jogo. A equipe catarinense está na primeira divisão desde 2014 - o acesso foi garantido um ano antes, quando o clube foi vice-campeão da Série B. HOMENAGENS

A Chapecoense irá realizar nesta quinta-feira (29), às 20h (horário da Bahia), um culto ecumênico no Átrio Daví Barela Dávi, em Chapecó, para relembrar as 71 vítimas. Ainda está previsto uma apresentação do coral da cidade e a presença do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado de São Miguel do Oeste. Além do culto, entre 8h e 20h (horário da Bahia) o túnel "Pra Sempre Chape" ficará aberto para visitação do público.