Sons da África tem Mû Mbana, da Guiné Bissau, Lazzo Matumbi e Nara Couto

Na sua 2ª edição, o evento será entre os dias 16 e 18 na Caixa Cultural

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 16 de junho de 2017 às 05:15

- Atualizado há um ano

Mû Mbana é o convidado da segunda edição do Projeto Sons da África, que traz ainda Lazzo Matumbi e Nara Couto (Foto: Joan Tomas)Entre os dias 16 e 18, o Salão Nobre da Caixa Cultural Salvador será palco de um encontro que reúne a ancestralidade africana e a riqueza melódica da música contemporânea. Trata-se do Projeto “Sons da África” que, na sua 2ª edição, traz o cantor, multi-instrumentista, poeta e compositor Mû Mbana, da Guiné Bissau, o cantor e compositor Lazzo Matumbi e a cantora Nara Couto.

Cada dia, o convidado da Bissau será recepcionado por um artista local para realizar as experimentações musicais. Na sexta (16), às 20 horas, Lazzo Matumbi será o anfitrião. No sábado(17), às 10h, Mû Mbana ministrará uma oficina que abordará as origens e a história da música característica desse país, além de abordar a musicalidade dos instrumentos de cordas africanos que não foram trazidos ao Brasil no período da escravidão.

“Nossa proposta é possibilitar que o povo da Diáspora tenha acesso aos próprios instrumentos, que guardam muita memória”, diz Mû Mbana, defendendo que embora não saiba prever o resultado da atividade, acredita em resultados muito positivos em virtude da própria musicalidade baiana. O programa inclui canções tradicionais da Guiné, brincadeiras de poliritmia com a voz, iniciação em alguns dos ritmos da Guiné-Bissau, canto em grupo e improvisação coletiva. A atividade tem capacidade para 30 pessoas e as inscrições podem ser feitas presencialmente, até 30 minutos antes do início da atividade. Nara Couto dividirá o palco com Mû Mbana no segundo dia do evento e mostrará uma sonoridade ancestral (Foto: Edgard Azevedo)Na noite desse mesmo dia, será a vez de Nara Couto receber o artista para executarem canções especiais. Considerada uma das novas jóias da música produzida na Bahia, Nara divide com Lazzo e Mbana uma música mais tântrica. Para o coordenador do projeto, Emílio Mwana, essa provocação artística quer pontuar uma união pela ancestralidade. “Na primeira edição, buscamos desmistificar a musicalidade africana, mostrando uma sonoridade mais pop e urbana, agora, devemos apresentar algo mais espiritualizado e a terceira edição mostrará um misto dos dois”, diz Emílio, destacando que a perspectiva é ampliar o projeto. “Salvador tem muito potencial musical, mas nada havia sido apresentado para os músicos até então”, completa.

“A proposta desta segunda edição será de uma África mais ligada à ancestralidade, tendo no som de Mû um canto mais ‘espiritual’, que nos conecta como uma espécie de linha direta com o sobrenatural. Acho que esta edição tem um diferencial muito evidente em termos de sonoridade.”, explica o diretor musical do projeto, Ldson Galter. Com contrabaixo acústico, elétrico e arranjos, ele integra a banda que participa do processo criativo com os artistas e é composta também pelos músicos Marcelo Galter (piano elétrico, teclados e arranjos) e Reinaldo Boaventura (bateria, percussão e arranjos).

Juntos, eles darão uma nova roupagem às canções originais e criarão novos arranjos para as composições inéditas que serão apresentadas no projeto. Segundo Ldson, apesar da sofisticação da proposta, a ideia é que as experimentações também contemplem o público mais leigo.  A próxima edição será realizada entre os dias 14 e 16 de julho e deverá unir o instrumentista senegalês Maher Cissoko, Tiganá Santana e Márcia Short.

SERVIÇO:

O que: Projeto “Sons da África” – 2ª edição.

Onde: Caixa Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro.

Quando:

16/06 (Sexta-feira): Lazzo e Mû Mbana, às 20h

17/06 (Sábado): Nara Couto e Mû Mbana, às 20h

18/06 (Domingo): Mû Mbana, às 19h

Ingressos: R$ 10,00 (dez reais) a inteira e R$ 5,00 (Cinco reais) a meia.

Vendas: A partir de 16/06, às 9h, na bilheteria da Caixa Cultural.

Estacionamento gratuito ao lado.