STF mantém demissão de servidora envolvida em grilagem de terras no Oeste

por Luan Santos

Publicado em 7 de setembro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O Superior Tribunal Federal (STF) manteve a demissão de uma servidora da Justiça Estadual acusada de envolvimento em casos de grilagem de terras no Oeste baiano. Ex-tabeliã de Barreiras, Ana Elizabete Vieira dos Santos foi um dos alvos da operação 'Terra do Nunca', realizada em 2011 pela Polícia Civil em conjunto com os ministérios públicos da Bahia e de Minas Gerais. Ela foi condenada pelos crimes de falsificação e supressão de documento público pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), que também determinou a demissão. O recurso dela foi julgado pela Primeira Turma do STF, que seguiu o voto do relator, ministro Luiz Fux, e manteve a condenação. No recurso, a defesa dela pede reexame do conjunto fático-probatório e alega ter havido ofensa à Constituição. 

A ex-servidora foi uma das 15 pessoas presas acusadas de participar de um esquema de grilagem de terras em São Desidério. Além dela, também foi detido pela operação o publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão. Ela é mãe do piloto Luiz Razia, que já disputou a Fórmula 1.

Segue preso O Superior Tribunal de Justiça (TJ) negou um habeas corpus da defesa do ex-deputado Luiz Argolo, condenado na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ministro Felix Fischer, relator do caso no STF, justificou a decisão pelo fato de não haver qualquer ilegalidade na prisão do ex-parlamentar. Na solicitação, a defesa do ex-deputado pediu a progressão de regime, do fechado para o semiaberto. Preso desde de 2015, Argolo teve recentemente um pedido para passar o Dia dos Pais deste ano em casa negado Tribunal de Justiça da Bahia (TJ). Ele foi condenado a 11 anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro.

Risos à parte O prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre (PSD), passou por uma situação embaraçosa ontem durante passeata do governador Rui Costa (PT) no município. Em discurso, o prefeito fez referência negativa aos coronéis do cacau, mas logo foi interrompido pelo candidato ao Senado Angelo Coronel (PSD), que disse: “Eu não sou coronel de patente, não. No meu caso é sobrenome”. Quem lá estava, garante que Marão, como é conhecido o prefeito, ficou visivelmente constrangido, embora a situação tenha provocado risos.

Repercussão Assunto mais comentado ontem na política baiana, a facada contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) foi tratada com cautela por integrantes das diversas correntes ideológicas, que repudiaram o ataque. O consenso entre eles é que o golpe que hospitalizou o capitão da reserva do Exército pode fortalecer o discurso dele na corrida pelo Palácio do Planalto. 

Faltou tempo A falta de tempo de TV foi a justificativa da candidata ao governo Célia Sacramento (Rede) para uma gafe cometida por ela. Na propaganda, Célia diz ser a única mulher candidata a governadora na história da Bahia. A mensagem, contudo, é que ela é a única mulher negra postulante ao cargo na história. Mas o texto não coube nos sete  segundos."É fato que o nível discursivo dos candidatos está num tom acima do aceitável, de ataques pessoais, de desrespeito aos adversários. Na guerra, há inimigos, que devem ser eliminados; na política, há adversários e, neste caso, há necessidade de convivência, do debato", Rodrigo Augusto Prando, Cientista político e professor da Universidade Mackenzie, sobre a facada contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL)Pílula Consequência - A desistência de Maria Quitéria (Avante) da disputa pela Câmara dos Deputados provocou a ira de prefeitos e lideranças do interior que integram a base da ex-presidente da União dos Municípios da Bahia. O motivo foi que eles não foram comunicados por ela e só souberam da decisão pela imprensa.