Suspeito de envolvimento em assassinato de policial é morto pela PM

Policial foi morto em abril; outros dois suspeitos já foram mortos e dois presos

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  • Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2018 às 18:01

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Um dos suspeitos de participar do assassinato do investigador da Polícia Civil Rogério Lima Ribeiro, 46 anos, foi morto pela Polícia Militar depois de reagir a uma abordagem, segundo a PM. Felipe Moreira dos Santos Silva, 18 anos, estava foragido e foi encontrado na manhã desta quinta-feira (21), no bairro Nova Brasília, próximo à Escola Vera Lux.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), policiais da 50ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Sete de Abril) faziam rondas de prevenção a roubos no local quando receberam denúncia anônima sobre um grupo de cinco criminosos traficando drogas.

 “Um deles já estava foragido do bairro do Lobato pela morte do investigador. Imediatamente montamos um cerco”, explicou o comandante da unidade, Sérgio Malvar.  Felipe Moreira tinha mandado de prisão em aberto pela morte do policial. (Foto: Divulgação/ SSP-BA) O oficial relatou que, chegando ao local, os policiais foram recebidos a tiros. Durante o confronto, Felipe foi atingido, levado para o Hospital Geral Roberto Santos, mas não resistiu aos ferimentos. O restante do grupo conseguiu fugir e continua sendo procurado. Nenhum PM ficou ferido. 

Ainda segundo informações da SSP, com Felipe Silva foram encontrados um revólver calibre 38 com cinco munições, 69 pinos de cocaína e 13 porções de maconha. A ocorrência foi registrada no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Outros dois suspeitos de participar da morte do policial civil também foram mortos em confronto com a polícia poucos dias após o crime. Já outros dois homens, também suspeitos de envolvimento no homicídio, foram presos.

Relembre o caso Rogério foi atingido no dia 27 de abril, no Lobato, durante uma operação que tinha como objetivo prender integrantes da facção Bonde do Maluco (BDM) responsáveis por homicídios e assaltos. O investigador trabalhava na 3ª Delegacia de Homicídios (BTS), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

“O local quem domina é o BDM. Um dos líderes de lá é Coresta, que atua nas localidades de Pedreira e Bananeira”, declarou o investigador Marcos Maurício, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc). A facção age também nas localidades de Barriquinha (Capelinha), Ladeira do Cacau (São Caetano), Boa Vista de São Caetano e Santa Luzia do Lobato, onde Rogério foi baleado. 

“Fomos cumprir alguns mandados de prisão por tráfico e homicídio. Os alvos faziam parte do BDM”, disse o chefe do Serviço de Investigação da 4ª Delegacia (São Caetano) Darlan de Assis, que participou da operação.

A investida contra os traficantes contou com aproximadamente 40 policiais, entre civis e militares. A operação partiu de uma investigação de agentes da 29ª Delegacia (Lobato) com o auxílio da 4ª DP e com o apoio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e policiais das Rondas Especiais (Rondesp). 

Disparos A região do Lobato foi tomada pelos policiais por volta das 14h30 daquele 27 de abril. Eles foram divididos em equipes. “O meu grupo mesmo estava na Ladeira do Cacau quando atiraram na gente. Trocamos tiros com eles, mas aí, recebemos a informação de que um policial tinha sido baleado e voltamos para dar apoio”, disse o chefe do SI da 41ª DP. 

Rogério foi baleado quando se aproximava para abordar um grupo de suspeitos em Santa Luzia do Lobato. “A polícia fazia o cerco e os bandidos se sentiram acuados. Quando a equipe de Rogério entrou numa rua e foi fazer a abordagem, um homem armado saiu de um beco e atirou, atingindo-o”, contou o presidente do Sindpoc.

Sonho Rogério tinha o sonho de ser policial civil. Apesar de ter passado no concurso em 1997, ele só conseguiu entrar na corporação há seis anos, após ter entrado com várias liminares. 

Segundo parentes ouvidos pelo CORREIO no dia do crime, um dos traços da personalidade de Rogério era a determinação. Ele começou a trabalhar cedo como office-boy para ajudar o pai. Já adulto, ele começou a cursar geografia, mas depois mudou de curso e ingressou na graduação de história.