Taxa de desocupação reduz no terceiro trimestre na Bahia, diz IBGE

Queda é motivada por desistência em procurar trabalho, aponta Pnad Contínua

A taxa de desocupação na Bahia teve uma queda no terceiro trimestre de 2017, e chegou a 16,7%, menor do que o índice registrado no segundo trimestre, que foi de 17,5%. No entanto, a taxa ainda é maior do que a registrada no mesmo período do ano passado. Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (17) pelo IBGE.

Com esse resultado, a Bahia caiu para a segunda maior taxa de desocupação do país, atrás apenas de Pernambuco, que registrou 17,9%. 

Em Salvador, a taxa de desocupação é de 14,4% no terceiro trimestre, também menor do que a registrada no segundo trimestre (16,1%). O índice também é menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando chegou a 17%.

De acordo com o IBGE, a queda da taxa de desocupação é motivada pela desistência em procurar trabalho. Houve uma redução de menos 74 mil pessoas, na população desocupada (procurando trabalho), que passou de 1,271 milhão para 1,197 milhão de pessoas nesse período.

O número de pessoas trabalhando também caiu de 6 milhões para 5,975 milhões (menos 25 mil pessoas), por isso, segundo o IBGE, pode-se concluir que a redução na taxa aconteceu em virtude das pessoas que pararam de procurar trabalho.

Postos de trabalho Segundo o IBGE, diferente do resto do estado, a redução da taxa de desocupação em Salvador aconteceu por causa do aumento no número de postos de trabalho e também da redução da fila do desempregado. Essa mudança já vinha acontecendo desde o segundo trimestre, conforme o instituto.

Ainda de acordo com a pesquisa, houve um aumento de 44 mil postos de trabalho entre o segundo e o terceiro trimestres, e a população ocupada chegou a 1,5 milhão de pessoas. Já em relação ao ano passado, são 99 mil pessoas a mais trabalhando na capital.

A Região Metropolitana de Salvador também apresentou um aumento nos postos de trabalho, sendo 35 mil a mais em relação ao segundo trimestre. Os desocupados somam 416 mil pessoas, sendo 15 mil a menos do que o trimestre anterior e 20 mil a menos do que o mesmo período de 2016. 

Setores O setor que mais gerou postos de trabalho foi a administração pública, sendo 43 mil pessoas a mais trabalhando no terceiro trimestre. Em seguida, aparece a construção civil, com 29 mil pessoas a mais trabalhando em relação ao segundo trimestre.  Já a indústria em geral (-50 mil pessoas ocupadas) e a de transformação (-32 mil ocupados) foram as atividades que mais perderam postos de trabalho nessa comparação. Procurada pelo CORREIO, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) informou que não comenta os dados da Pnad por não compreender a metodologia utilizada.

Em relação ao terceiro trimestre de 2016, seis das 11 atividades demonstraram redução de população ocupada, com destaque para o setor da agricultura, com 105 mil postos a menos, e a construção teve 80 mil postos a menos.

Em relação ao ano passado, o setor que mostrou saldo positivo de postos de trabalho mais significativo foi a administração pública (+45 mil pessoas ocupadas em um ano), seguida por transporte, armazenagem e correios (+34 mil postos de trabalho).