Teatro, música e cultura baiana são temas de novos podcasts

Quarta temporada do Umbu Podcast homenageia cidade de Salvador

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  • Da Redação

Publicado em 22 de março de 2022 às 05:55

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Val Benvindo, Camilla França e Mirtes Santa Rosa se reencontram para mais uma temporada do Umbu Podcast, que chega à quarta série de episódios a partir desta quarta-feira, 23. Agora, o trio de apresentadoras vai falar sobre os bairros do Rio Vermelho, Subúrbio, o Centro da Cidade, Brotas, Cabula e Liberdade.

A escolha por este tema foi motivada pelo aniversário de Salvador, que neste dia 29 está completando 473 anos de fundação. A nova temporada segue até o final de junho, duas vezes por mês. "Queremos trazer os movimentos das ruas, o cotidiano, as resenhas, a moda, o roteiro cultural. Tudo destes bairros, que também representam outros inúmeros locais de Salvador", diz Val Benvindo.

O projeto nasceu em 2020, a partir da ideia de produzir um podcast baiano que dialogasse com os novos e antigos temas da cultura da Bahia. Ao todo, são cerca de 25 episódios que falam sobre relacionamento, cultura, moda, literatura, negócios e manias. Todos os programas do podcasts estão disponíveis nas plataformas streaming de áudio.

"Nós falamos sobre tudo e temos atuações estratégicas e distintas, o que permite olhares diversos sobre temas e pautas", comenta Mirtes Santa Rosa. "Somos versáteis, regionais, doces e azedas como a fruta que dá nome ao programa", brinca.

Em julho do ano passado, o Umbu estreou na rádio. Todas as sextas-feiras, às 20h, o programa está na rádio Metrópole e no YouTube da Metrópole. 

Podcast Love Store: dramaturgia preta baiana para ouvir (Foto: Pris Fulo/Divulgação) Dramaturgia Negra baiana

Contemplados pelo Prêmio Riachão , da Fundação Gregório de Mattos, os podcasts Teatro para Ouvir e Love Store apostam no formato do áudio para difundir a dramaturgia negra soteropolitana.  Idealizado pelo ator, diretor e pesquisador Gustavo Melo Cerqueira, Teatro para Ouvir apresenta versões de obras dramatúrgica que já esteve nos palcos baianos, adaptadas e gravadas para o formato em áudio: a dramaturga e atriz Mônica Santana apresenta Sobretudo Amor e Cartas para Uma Amiga de Verde e Amarelo (em abril). Também ator e dramaturgo, Leno Sacramento transpõe para o formato podcast as obras En(cruz)ilhada, Nas Encruza (dia 31/03) e poemas selecionados de seu livro Para, Desgraça (7/4).

Já Love Store – As Aventuras e Desventuras de uma Mulher no Mundo dos Aplicativos de Encontros Amorosos é o mote da série Love Store – Mercado dos Afetos, dirigida e roteirizada por Mônica Santana. Com humor e leveza, a série de cinco episódios vai retratar as peripécias da busca afetiva em tempos de isolamento,  fazendo reflexões sobre como as trocas afetivas também carregam sexismo/ machismo / etarismo, bem como a evolução das interações nos últimos anos.  Serão cinco episódios disponibilizados em streaming gratuitamente: Quando Tudo Era Mato, Love is in the Duolingo ou Amando em Línguas, Chernoboys ( 24/3), Pandemônio do Desejo (31/03 e Aos meus matches com carinho ( 07/04). Foto: Suellem Studio/divulgação História do Trio Nordestino

Mais famoso  grupo de forró do país, o Trio Nordestino tem sua história contada no podcast Do Pelourinho Para o Mundo’, disponível no canal do grupo https://www.youtube.com/c/TrioNordestinooficial. O vídeo, que já foi gravado e está agora em processo de edição e finalização, vai contar histórias curiosas e engraçadas, além de bastidores dos quase 64 anos de trajetória do trio . A entrevista é fruto de um projeto do produtor cultural Raphael Rabello, que também foi o mediador do encontro. O time de convidados é composto pelos 3 músicos da atual formação: Luiz Mário (triângulo e voz), Jonas Santana (zabumba a vocal) e Tom Silva (sanfona e vocal), além do ex-zabumbeiro e atual empresário do grupo, Carlos Santana (mais conhecido como Coroneto) e do sanfoneiro Beto Sousa, que integrou o Trio Nordestino por 25 anos.

 “O papo foi tão gostoso que a gente ia gravar 90 min. e acabou durando mais de 2h”, conta Coroneto, que pôde relembrar histórias do falecido avô, o grande Coroné, zabumbeiro que fundou o grupo em Salvador em 1958 junto com Lindú (pai do atual vocalista Luiz Mário) e Cobrinha. “Foi muito bom poder contar um pouco da nossa história, para que a nova geração possa saber das glórias e também dos percalços por que passamos para poder hoje ser considerado o trio mais importante do Brasil e do mundo”, disse Luiz Mário. O projeto foi contemplado pelo Prêmio Riachão – Projetos de Pequeno Porte, da Fundação Gregório de Mattos, via Lei  Aldir Blanc.