Técnico interino, ataque perigoso e defesa frágil: conheça o Melgar

Adversário do Bahia, time peruano não vive bom momento

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 29 de outubro de 2020 às 08:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/Melgar

Nesta quinta-feira (29), o Bahia vai dar mais um passo rumo ao sonho de conquistar um torneio internacional. A partir das 21h30, o Esquadrão encara o Melgar, time do Peru, pela segunda fase da Copa Sul-Americana.

O adversário é pouco conhecido dos tricolores. Será apenas o primeiro encontro entre Bahia e Melgar na história. Por isso, o CORREIO preparou um dossiê sobre o time peruano para deixar o torcedor pronto para acompanhar a partida.

História Fundado em 1915, o Melgar, apesar de pouco conhecido no cenário internacional, é um clube tradicional no futebol peruano. Sediado em Arequipa, segunda maior cidade do país, os Rojinegros, como são conhecidos, conquistaram o Campeonato Peruano em duas oportunidades: 1981 e 2015.

O clube soma ainda conquistas do Torneio Clausura - considerado o segundo turno -, nas temporadas 2015 e 2018, e a Copa do Peru, vencida em 1971.

O Melgar se orgulha de ser o único time de fora da capital Lima a permanecer na primeira divisão por mais tempo. O clube frequenta a elite do país desde 1970.

No cenário internacional, são seis participações na Copa Libertadores. A primeiras foram em 1982 e 1984. Depois disso, o clube voltou ao torneio em 2016 e embalou uma sequência de quatro participações, sendo a última em 2019. Ainda assim, o Melgar nunca passou da fase de grupos da competição.

Já na Sul-Americana, a equipe peruana está na quarta participação. Em 2013 e 2015, o time caiu na primeira fase. No ano passado, entrou na segunda fase, vindo da Libertadores, mas não conseguiu avançar e foi eliminado pelo Universidad Católica-EQU, após ser goleado por 6x0.

Esse ano, o Melgar encarou o Nacional de Potosí, da Bolívia. Venceu por 2x0, em Potosí, e perdeu pelo mesmo placar em casa. A classificação inédita veio com vitória nas cobranças de pênaltis.

Sem altitude O Melgar costuma mandar os jogos no estádio Monumental da Universidad San Agustín, que fica na cidade de Arequipa e tem capacidade para 40 mil pessoas.

Arequipa, inclusive, fica a 2.300 metros acima do nível do mar. A altitude seria uma dificuldade que o Bahia teria que enfrentar, mas desde o início da pandemia, o Melgar tem mandado os jogos na capital Lima, que não tem altitude.

Goleiro de seleção, ataque afinado, defesa nem tanto... Na liga peruana, o Melgar não tem feito boa campanha. A equipe foi apenas oitava colocada no Torneio Apertura, que é considerado o primeiro turno. A fase ruim fez o time trocar de treinador. Saiu o argentino Carlos Bustos e Marco Valencia assumiu como interino. Carlos Cáceda acumula convocações para a seleção peruana (Foto: Divulgação/Melgar) Valencia costuma montar o Melgar no esquema 4-2-3-1. O time apresenta transições rápidas entre defesa e ataque e alguns jogadores que o Bahia precisa ficar atento. A começar pelo goleiro.  

Titular da meta do Melgar, Carlos Cáceda tem 29 anos e acumula convocações para a seleção peruana. Com carreira construída no Universitário, ele passou ainda pelo futebol mexicano e desde a temporada passada defende o Melgar. Cáceda esteve nas Copas América de 2016 e 2019 e na Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

No último encontro entre Brasil e Peru, disputado no dia 13 de outubro e que foi vencido pela Seleção por 4x2, Cáceda ficou no banco e foi expulso por reclamação.

Outro ponto que chama a atenção no time peruano é o ataque. Dos 23 gols que o Melgar marcou no Apertura, 14 foram anotados pela dupla Joel Sanchez (5) e Othoniel Arce (9). O que mostra afinidade entre os dois.

Enquanto o mexicano Arce é um centroavante que costuma sair da área para buscar o jogo e tem boa finalização, Joel Sanchez é o camisa 10 da equipe. Ele atua na linha ofensiva formada por três homens no meio campo, mas aparece bastante na área para finalizar. Experiente, o zagueiro argentino Pellerano é um dos principais nomes da defesa do Melgar (Foto: Divulgação/Melgar) Por outro lado, um ponto interessante para o Bahia é a defesa adversária.  Ao todo, a equipe sofreu 20 gols em 19 jogos no Apertura. O principal nome da zaga é o argentino Hernán Pellerano, de 36 anos.  Apesar da experiência de ter passado por equipes como Vélez Sarsfield, Independiente, Almería, Tijuana e LDU, ele é um jogador lento.  

O Melgar vem de derrota na liga peruana. Na estreia no Torneio Clausura, o time perdeu de virada para o Cusco por 3x1.