Técnicos são presos por causar prejuízo de R$ 10 milhões à telefônica Oi

Trio ofereceu a mais de 100 empresas links de internet com grandes velocidades e baixo custo, mediante pagamento de propina

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Publicado em 14 de outubro de 2013 às 15:05

- Atualizado há um ano

Da Redação atualizada às 19h20Os técnicos Reginaldo Cavalcanti Ramos, 57 anos, Valmir Batista dos Santos, 44, e Marcelo Florentino de Oliveira, 36, apontados como responsáveis por um esquema fraudulento que causou prejuízos de aproximadamente R$ 10 milhões à operadora de telefonia Oi, foram presos pela polícia. Investigações do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos (GME/PC), iniciadas em 2012, revelaram que o trio trabalhava em terceirizadas que prestam serviços a Oi e ofereceu a mais de 100 empresas, em todo o estado, links de Internet com grandes velocidades e baixo custo, mediante pagamento de propina. Segundo a polícia, os criminosos conseguiam invadir, por meio das centrais telefônicas da Oi, o sistema financeiro da empresa, alterando para baixo os valores das faturas dos serviços oferecidos. Eles tinham acesso às centrais por conta da atividade desenvolvida na empresa terceirizada. Uma conta de R$ 200 mil, por exemplo, era reduzida para R$ 100, dentro do esquema. Das quatro grandes centrais telefônicas da Oi instaladas em Salvador, os técnicos invadiram três, nas regiões de Roma, Campinas de Pirajá e Américo Simas.As empresas beneficiadas abriam pequenos provedores de Internet e ofereciam o serviço para moradores das regiões próximas às suas sedes. O delegado Charles Leão, coordenador GME, ainda quer ouvir os responsáveis das empresas envolvidas no golpe, que podem responder por lavagem de dinheiro, estelionato, formação de quadrilha, interceptação de dados e evasão fiscal.Mais detalhes da prisão serão apresentados nesta segunda-feira (14), no edifício-sede da Polícia Civil, na Piedade, na Piedade. A apresentação será conduzida pelo delegado Charles Leão, coordenador do GME.Procurada pelo Correio24horas, a assessoria de comunicação da Oi disse que a empresa não vai comentar o assunto, mas informou que está acompanhando investigações.