Temer ficou. Cadê as ruas

Por Aninha Franco

  • D
  • Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2017 às 10:15

- Atualizado há um ano

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Dezenas de textos pós.ficada de Temer perguntam pelas ruas. As ruas estão em casa porque ainda não sabem o que fazer com o Brasil, com o Brasil do Rio de Janeiro, com o Brasil controlado pelo tráfico, com o Brasil violentíssimo e brega que assassina crianças nos ventres das mães. Mas e as ruas de 2013? E as panelas, alguns perguntam. Dilma era a ponta do iceberg do Brasil que nós estamos sofrendo agora. Dilma era uma campanha eleitoral mostrando “a comida sumindo do prato do trabalhador” se ela perdesse, pensada e executada por um marketing que pagava 5 mil reais a cada ajeitada de cabelo da presidente comunista(?), que exigia ser chamada de presidenta, e sofismava diante da nação sobre a impossibilidade de estocar vento. 

Assistir Dilma Rousseff sofismar sobre o estocamento do vento pode explicar as ruas de 2013. Dilma presidiu o Brasil por cinco anos, sete meses e trinta dias por absoluta irresponsabilidade de Lula, que apostou nos seus desvarios para controlar o Poder e não conseguiu. Ficaria oito não fossem as ruas. Lula desmantelou o Brasil elegendo Cabral no RJ, sendo garoto propaganda da Copa do Mundo e das Olimpíadas, presidindo o desmonte da Petrobras e os empréstimos estranhos do BNDES. Lula fez tudo isso porque milhares de nós, ingênuos, acharam um dia que um homem que nunca leu um livro e se orgulha disso poderia pensar o Brasil. Não pode. “Um país se faz com homens e livros”. (Monteiro Lobato, SP, 1882ª1948). Quem nunca leu um livro – e tem orgulho disso – não pode nem fazer um país, nem amá-lo. 

Temer ficou. A votação  A Câmera de Deputados é, hoje, um dos melhores perfis do nosso Brasil apocalíptico. Apocalipse é revelação. E lá estava revelada a primarice da “esquerda.BR”, com deputados que lembravam adolescentes numa Colônia de Férias. Caríssima. A gestão do ex-prefeito de Camaçari –Caetano (PT/BA) – foi toda revelada no deputado púbere colado ao microfone da votação durante toda ela, fazendo expressões de aprovação ou desagrado aos votos. A exoneração de dois secretários do Estado da Bahia - Josias Gomes e Fernando Torres – para votar contra a investigação de Temer porque, afinal de contas, o substituto de Temer seria Rodrigo Maia (DEM/RJ), do mesmo partido do provável concorrente do governador Rui Costa (PT/BA) à reeleição, demonstra o apreço do PT à honestidade. E quando os dois votaram a favor da investigação, arrancando frouxos de risos de Rodrigo Maia, porque Temer já havia ficado independente do voto deles, demonstra o tamanho do estadista que governa a Bahia.  O fisiologismo dos que votaram contra a investigação era sólido de se cortar com faca. O voto de Sérgio Reis, que está deputado na cota do ex-palhaço Tiririca que, por suas habilidades circenses, teve mais votos do que precisava para se eleger nas ultimas eleições, e assim elegeu outros deputados com seus votos, inclusive o cantor Sérgio Reis, é revelador. Reis prometeu a Temer votar contra a investigação, recebeu milhões de reais em emendas por isso, provavelmente, mas votou pela investigação, mas não pelo Brasil. Votou para não contrariar a sogra. Ou seja, Reis é um deputado brasileiro que ama mais a sogra – a sogra!!! – do que o Brasil!