'Temos que perdoá-lo', diz pai de estudante morto em Goiás

Declaração foi dada durante o enterro de João Pedro Calembo na manhã deste sábado

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  • Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2017 às 15:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

O publicitário Leonardo Marcatti Calembo, pai do estudante João Pedro Calembo, de 13 anos, morto a tiros dentro da própria escola em Goiânia nesta sexta (20), disse que perdoa, e espera que a sociedade também perdoe o adolescente que tirou a vida do filho dele e do colega de sala, João Vitor Gomes, também de 13 anos. A declaração do pai foi dada durante o velório, segundo informações do G1. Leonardo pediu ainda que todos os pais "cuidem de seus filhos"."Falo como pai do João Pedro, de uma criança que perdeu a vida. Eu espero que toda a sociedade e os pais dele e os outros pais o perdoem. Temos que perdoá-lo", disse, emocionado.O publicitário disse ainda que “tudo isso poderia ser evitado” e falou sobre valores que os pais passam para os filhos dentro de casa. "Meu filho era uma criança muito doce, muito especial. Nossa família é cristã, e ele sempre foi educado e pautado no respeito ao próximo. Os preceitos familiares estão perdidos na nossa sociedade, a gente tem que reforçar esses valores, e meu filho tinha tudo muito claro ", desabafou.

O corpo de João Pedro foi enterrado às 10h45, no Cemitério Parque Memorial, em Goiânia. Centenas de pessoas, entre parentes, amigos e conhecidos da família e de colegas da escola participam da despedida. O pai do adolescente disse ainda que as pessoas devem ter mais fé e passá-la aos seus filhos.

"A partir do momento que a gente tem esses valores fixos nas nossas casas, muitas respostas são encontradas para nossos problemas. Os problemas não resolvidos geram conflitos. A palavra bullying é nova, o assédio sempre aconteceu. A partir do momento que você não resolve o problema em casa, acontecem os conflitos", declarou.

O corpo de João Vitor também foi enterrado na manhã deste sábado, mas no Cemitério Jardim das Palmeiras. Segundo colegas da vítima, ele e o atirador eram amigos e andavam juntos com frequência.