'Teremos o abril mais triste de nossas vidas', diz pesquisadora da Fiocruz

Pessoas devem entender que vacina é solução, mas não é milagre, diz

  • D
  • Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2021 às 10:39

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a médica Margareth Dalcomo afirmou que abril será um mês triste para o país por conta da pandemia. Falando à GloboNews na quarta-feira (31), a pneumologista afirmou que a sociedade precisa entender que a vacina é uma solução, sim, mas não funciona como um milagre e ainda são necessários outros cuidados.

A pesquisadora também já tinha afirmado que março seria um mês difícil por conta da covid-19 e de fato o mês se encerrou com saldo de morto duas vezes maior que o do pior mês de 2020, contabilizando 66 mil óbitos em todo país. Na época, ela havia dito que abril seria "muito grave". "Eu temo verdadeiramente, eu declarei isso há algumas semanas, que teríamos o mês de março mais triste de nossas vidas, o que é verdade. Estamos tendo. Eu acho que o mês de abril será, igualmente, muito grave", disse ela na ocasião à DW.

"A vacina é espetacular, é uma solução, mas a vacina não é milagre. A vacina, sozinha, não vai resolver. As pessoas têm que se vacinar e ficarem nas suas casas. Nós pedimos e vou pedir mais uma vez, não pode ter Páscoa, não pode ter festas, não pode ter aglomerações, não pode ter cerimônias de famílias, não pode ter festa de aniversário, não pode ter nada", disse Dalcomo, prevendo o abril "mais triste" do país.

Para ela, o Carnaval e o Natal já deveriam ter sido assim, em isolamento e sem celebrações. "Mas, infelizmente, parece que o que nós estamos dizendo não é entendido por todas as pessoas e isso nos entristece muito, porque vamos continuar a trabalhar todos os dias. Nos entristece internar pessoas jovens como estamos internando hoje", avaliou.