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Decisão foi tomada de forma unânime durante a tarde desta quinta-feira (20)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2018 às 02:00
- Atualizado há um ano
Salvador abriga mais um Patrimônio Cultural Brasileiro. Trata-se do Terreiro Tumba Junsara, localizado no Engenho Velho de Brotas, que recebeu a titulação na tarde desta quinta-feira (20). A casa já era tombada como Patrimônio Histórico do Estado da Bahia e ganhou titulação nacional após decisão foi tomada de forma unânime pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), durante reunião que ocorreu no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Fundado em 13 de Junho 1919 pelos irmãos Manoel Rodrigues e Ciriaco, Tumba Junsara está entre os mais antigos centros de tradição Angola no Brasil. O Terreiro de candomblé tem tradição angola e faz da milonga (mistura) um caminho para manter suas referências culturais. Uma característica da Nação Angola, por exemplo, é a presença de um culto específico em reverência aos ancestrais indígenas.
Prestes a completar o seu centenário, o terreiro foi inicialmente fundado no município de Santo Amaro da Purificação. Desde sua primeira mudança, ele está abrigado no Engenho Velho de Brotas e ocupa o atual endereço, na Ladeira da Vila América, desde 1938.
Resistência A Bahia já tem 135 casos de intolerância religiosa entre 2013 e agosto deste ano, segundo a Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). Desse total, 29 aconteceram em 2018. O número já é maior que os 21 crimes registrados em todos os 12 meses do ano passado.
Desde 2013 - ano da criação do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, órgão ligado à Sepromi -, o ano em que mais houve registros foi em 2016, com 32 ocorrências.
A Sepromi tem uma rede de atendimento contra a intolerância religiosa nos municípios. O contato deve ser feito através do (71) 3117-7448. O órgão é responsável por orientar a vítima a procurar a unidade mais próxima.