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Equipamento será instalado na Reitoria como parte da programação do Congresso da Ufba, que começa segunda (16)
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2017 às 06:00
- Atualizado há um ano
A Universidade Federal da Bahia (Ufba) ganhará um painel que monitora, em tempo real, os cortes no orçamento da ciência, tecnologia e educação no Brasil. A estreia do equipamento será na próxima segunda-feira (16), às 18h, no Palácio da Reitoria, no bairro do Canela, em Salvador, durante a programação do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão, que ocorrerá de 16 a 18 de outubro, na instituição. O “tesourômetro” é fruto de uma parceria da Ufba com a Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC).
O contador estima as perdas a partir das previsões de cortes no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI), das universidades federais e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e faz um cálculo dos cortes desde 2015. O valor já chega ao acumulado de R$ 12 bilhões e cresce cerca de R$ 500 mil por hora.
O tesourômetro faz parte da campanha “Conhecimento Sem Cortes”, promovida por cientistas, estudantes, professores, pesquisadores e técnicos. Outras instituições públicas, como a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) já ganharam o equipamento. A campanha conta também com uma petição online, que já registra mais de 80 mil assinaturas.
Na Ufba, a ação é coordenada pela reitoria, o Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Universidades Públicas Federais no Estado da Bahia (Assufba) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da universidade.
Só em 2017, a retenção do orçamento realizada pelo governo federal na Ufba já chega a R$ 20,5 milhões. De acordo com o reitor João Carlos Salles, desse valor, R$ 15,8 milhões são do orçamento previsto para custeio, e caso não seja liberado, a universidade poderá iniciar o ano com dificuldades para pagar despesas como energia e água, além de limpeza e manutenção dos campi.