Tierry agradece o carinho dos fãs pela escolha da música do Carnaval

Seresta Cabeça Branca foi a vencedora do troféu CORREIO Folia; Malvadão, de Xamã, foi vice-campeã; e Malvada, de Zé Felipe, ficou em terceiro lugar

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  • Osmar Marrom Martins

Publicado em 2 de março de 2022 às 04:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: divulgação

Pode até soar estranho o fato da música escolhida pelos leitores do CORREIO como a melhor  do Carnaval de 2022 para o troféu CORREIO Folia ter sido Cabeça Branca, uma seresta do cantor e compositor Tierry, que obteve 50% dos 212.225 votos nos seis dias em que a consulta popular esteve no ar. Num Carnaval diferente, sem trio na rua e ainda sob o impacto da covid, Tierry tocou fundo na alma do folião e sua música venceu outras 25 candidatas.“Estou muito feliz porque é um jornal muito importante e fico muito feliz com esse carinho. Eu tenho fãs muitos fiéis e verdadeiros, mas nunca imaginaria que Cabeça Branca fosse a música do Carnaval”,  festeja o vencedor.Na edição de 2022, além de Cabeça Branca no primeiro lugar, o top 5 foi fechado por Malvadão, de Xamã, com 25% dos votos; Malvada, de Zé Felipe, com 12%; Roqueira no Paredão, de A Travestis e Malfeitona, com 10%; e Siga a Música, de Olodum, com 1,23%.

Tierry é hoje um dos compositores mais gravados no Brasil - tanto pelo pessoal da axé music quanto pelos os sertanejos. Quem não lembra dos sucessos com Ivete Sangalo, Dançando ou Todo Mundo Vai? É dele também Os Anjos Cantam, com Jorge e Matheus; Meu Coração é Seu, Tome, com Claudia Leitte e Luan Santana. Não podemos esquecer de Rita, que ele gravou e estourou. 

Durante alguns anos, o Carnaval da Bahia tornou-se tão plural que a escolha do povo não mais surpreende. A música da folia pode ser um pagode, um samba-reggae ou um galope. Vale tudo. Só para lembrar, no ano passado quem levou o troféu CORREIO Folia foi Tá Solteira Mas Não Tá Sozinha, dobradinha de Ivete Sangalo com o Harmonia. 

O resultado final da votação dá uma noção do ecletismo dos baianos. Um dos destaques da premiação foi a música Roqueira no Paredão, feat de Malfeitona e A Travestis, que ficou na 4ª posição.“Para mim, foi uma surpresa danada ver que a mistura inédita de pagodão com rock, de artistas independentes, estaria concorrendo à música do Carnaval. A indicação já foi uma vitória. Mas, o que mais me deixou feliz foi ver o engajamento da galera votando e fazendo mutirão”, destaca Malfeitona.Apesar de muita gente desdenhar do bordão “A música do Carnaval” (que  Márcio Victor grita a todo pulmão na avenida), no fundo, todos querem esse reconhecimento. Afinal, a vencedora ganha manchetes em jornais, revistas, sites e blogs - e, antes da pandemia, costumava dar nome à virose do momento.  A vitória de Cabeça Branca, de Tierry, não surpreendeu a editora chefe do CORREIO, a jornalista Linda Bezerra:“O Carnaval é o lugar da diversidade de ritmos. É onde surgem as novidades e não me admira que uma seresta tenha saído vencedora”.Ela ressalta que o projeto CORREIO Folia mais uma vez correspondeu às expectativas. “A recepção do leitor ao conteúdo do jornal foi surpreendente. Tivemos um engajamento extraordinário. A gente sabe que a Bahia ama Carnaval, o CORREIO ama o Carnaval e a gente tem todos os anos uma cobertura especial. Esse ano, apesar de não ter Carnaval na avenida, como todos queríamos, preservamos o espírito da festa. Fizemos reportagens especiais com memórias de outros carnavais como, por exemplo, os 30 anos de Baianidade Nagô, que foi uma matéria muito popular. Fizemos conteúdos exclusivos para as redes sociais, desafios para os leitores e fechamos o ciclo da programação com um podcast sobre o futuro da folia”, arremata Linda.

O CORREIO Folia tem patrocínio da Goob e apoio da AJL, Jotagê Engenharia e Comdados.