Tiroteio entre policiais e traficantes em Ilhéus deixa dois mortos

A ação ocorreu por volta das 20h de sexta (06); quatro foram presos

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 7 de abril de 2018 às 15:08

- Atualizado há um ano

Leandro Nascimento de Brito e Rafael Silva da Conceição morreram depois de uma intensa troca de tiros entre policiais e suspeitos de integrarem uma facção criminosa, em Ilhéus, no sul da Bahia. O tiroteio ocorreu por volta das 20h dessa sexta-feira (06), no bairro Pontal, área residencial do município. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, a inteligência identificou um ataque que seria realizado e uma das quadrilhas usaria um táxi.

Os disparos teriam iniciado depois que policiais interceptaram um táxi, onde os suspeitos estavam armados. Giovane Gomes dos Santos, 24 anos, foi baleado e preso. Segundo a polícia, Ivana Lima Borges, 27, que também seria integrante da quadrilha, também ficou ferida e foi detida. Os dois baleados foram socorridos para o Hospital Costa do Cacau. A ação das equipes da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus) da Polícia Civil impediu, segundo a polícia, uma chacina entre traficantes de drogas rivais. Os investigadores capturaram também Pamera de Cácia Melgaço dos Santos, 27, e o taxista Ricardo de Jesus Batista, 35.

Com o grupo, os policiais apreenderam uma pistola calibre 40, um revólver calibre 38, um revólver calibre 32, carregadores e munições. Os quatro presos foram autuados por tentativa de homicídio contra os investigadores, porte ilegal de arma e associação criminosa. "Importante ressaltar o trabalho de inteligência que evitou mortes entre as facções. Temos mais alvos destas quadrilhas e seguiremos trabalhando, silenciosamente, para prendê-los", informou o diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), delegado Flávio Góis.

Com receio de identificação e represália, moradores narraram o terror que sentiram durante a ação. "O Pontal sempre foi visto como um lugar tranquilo, uma comunidade praieira, religiosa. Até bem pouco tempo, as pessoas ficavam à noite nas portas. Hoje, é só medo! Até agora é difícil de acreditar. Precisamos de mais segurança", disse uma moradora, que preferiu não se identificar.