Tite admite 'insônia' na tentativa de neutralizar Lionel Messi

Treinador não confirmou time que pega Argentina sexta-feira (15)

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  • Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2019 às 15:35

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O técnico Tite voltou a fechar um treino da seleção brasileira, visando o amistoso desta sexta-feira (15), às 14h (de Brasília), contra a Argentina, em Riad, na Arábia Saudita. E admitiu que o fato de ter de enfrentar o adversário com Lionel Messi em campo o fará perder o sono - assim como já ocorreu antes de outros duelos em que o astro do Barcelona encarou o Brasil.

O cenário ainda traz a equipe nacional com uma sequência de quatro partidas sem vitórias. Por isso, o treinador também se negou a confirmar a formação titular para o confronto diante do tradicional rival.

Ao comentar em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (14), como será reencontrar Messi - que no início de julho atuou contra os brasileiros e foi derrotado por 2 a 0 junto com a Argentina, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela semifinal da Copa América -, o comandante reconheceu: "Continuo sem dormir direito para neutralizar um jogador com capacidade extraordinária".

E Tite aposta na força do coletivo da seleção brasileira para anular o atacante."Ele é um jogador diferente, tem qualidades técnicas impressionantes. Mas a gente nunca neutraliza um jogador assim, diminuímos as virtudes. Mas o futebol é um esporte coletivo. Um coletivo forte vai potencializar um Coutinho, Firmino, Willian, assim como Otamendi, Aguero... Estamos tratando de Messi. Ele é um jogador diferenciado", afirmou, para em seguida lembrar de outros craques que o fizeram perder o sono durante outras fases de sua carreira de técnico."Quando eu estava no Corinthians, passava três dias para ver como ia marcar o Neymar (quando o atacante estava no Santos). Me criei no Caxias (clube gaúcho que dirigiu) contra o Ronaldinho Gaúcho (então jogador do Grêmio). O trabalho em equipe pode potencializar, depois o talento individual ajuda", completou Tite.

O treinador sabe que uma vitória, nesta sexta-feira (15), embora seja em um amistoso, tem um peso enorme. Após a conquista do título da última Copa América, o Brasil acumulou um empate por 2 a 2 com a Colômbia, em Miami, e foi derrotado por 1 a 0 pelo Peru, em Los Angeles, em dois confrontos nos Estados Unidos. Em seguida, ampliou seu jejum com igualdades por 1 a 1, com Senegal e Nigéria, em amistosos realizados em Singapura."É um jogo especial na história do futebol internacional. O próprio nome diz, é superclássico, seleções com histórias. É um jogo muito forte, tem toda dimensão de espetáculo, mas é sim um campeonato à parte", destacou Tite.Mistério Neste primeiro treinamento do Brasil em Riad, depois de a equipe nacional ter trabalhado nos dias anteriores da semana em Abu Dhabi, Tite optou por mais uma vez fechar a maior parte da atividade. Assim como ocorreu na quarta-feira (13), ele só abriu para o acesso da imprensa os primeiros 15 minutos do treino, quando os atletas realizaram o aquecimento.

Depois do treinamento, o comandante também optou por não confirmar a escalação da seleção, deixando claro que não quer fornecer nenhuma arma aos argentinos antes de enfrentá-los."O time está escalado, mas não vou definir (revelar a equipe). Não adianta ficar enrolando para vocês (jornalistas). Vou trazer essa situação para o jogo", avisou.Apesar do mistério feito por Tite, a única dúvida maior da seleção para o amistoso desta sexta (15), que ocorrerá no Estádio Universitário Rei Saud, é em relação ao substituto de Neymar, que não foi convocado por lesão. Willian e Richarlison disputam pela vaga aberta pelo astro do Paris Saint-Germain.

Uma provável formação do Brasil é a seguinte: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Arthur e Philippe Coutinho; Gabriel Jesus, Willian (Richarlison) e Roberto Firmino.