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Crise nos bastidores pode fazer técnico entregar cargo; Renato Gaúcho aparece como alternativa
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2021 às 20:24
- Atualizado há um ano
O clima nos bastidores da seleção brasileira está cada vez mais tenso. De um lado, está o presidente da CBF, Rogério Caboclo. Do outro, jogadores e comissão técnica. No meio da crise, cresce a possibilidade de que Tite possa pedir demissão após as rodadas das Eliminatórias para a Copa do Mundo.
A informação é do jornal O Globo, que afirma que o treinador pode deixar o cargo após a partida o Paraguai, terça-feira (8). Nesta sexta-feira (4), a equipe enfrenta o Equador, no Beira-Rio.
A gota d'água na trajetória de Tite na seleção tem relação com a transferência da Copa América para o Brasil. A maneira como Caboclo conduziu as conversas para receber a competição no país, depois das desistências de Colômbia e Argentina, gerou insatisfação.
Os lideres do grupo de jogadores, que incluem Alisson, Thiago Silva, Casemiro e Neymar, se manifestaram e teriam, inclusive, decidido que não irão disputar a Copa América. Na quinta-feira (3), Tite concedeu entrevista coletiva e o incômodo do treinador ficou evidente.
"Os jogadores têm a sua opinião, exprimiram-na ao presidente e vão torná-la pública na devida altura. E isso tem muito a ver com a ausência do nosso capitão, Casemiro, aqui antes de vós", disse Tite.
O caso soma-se ao escândalo envolvendo Rogério Caboclo. Nesta sexta-feira (4), uma funcionária da CBF formalmente acusou o presidente da entidade de assédio moral e sexual. A denúncia foi protocolada na Comissão de Ética da CBF e a Diretoria de Governança e Conformidade.
Segundo o site ge, em um dos episódios, Caboclo teria tentado forçá-la a comer um biscoito de cachorro, chamando-a de "cadela". No documento, ela também narra o dia em que o dirigente, após sucessivos comportamentos abusivos, perguntou se ela se "masturbava".
Outro caso que incomoda Tite tem relação com o vazamento, em reportagem da ESPN, de uma conversa entre Caboclo e Edu Gaspar, então coordenador da seleção, depois da Copa da Rússia, em 2018. Nela, o presidente da CBF faz duros questionamentos ao trabalho do técnico e de sua comissão.
O plano de Tite é se concentrar nos dois próximos compromissos da seleção, nesta sexta-feira (4), contra o Equador, e terça-feira (8), contra o Paraguai, pelas Eliminatórias. Segundo o treinador, tanto ele quanto os jogadores deverão se manifestar mais claramente a respeito da crise depois das partidas.
Caso aconteça o pedido de demissão, o jornal O Globo afirma que já há um nome favorito para o cargo: Renato Gaúcho. O técnico está sem clube desde que deixou o Grêmio, em abril.