Tóquio-2020: cinco motivos para torcer por Rayssa Leal no skate

Aos 13 anos, maranhense é a atleta mais jovem a competir pelo Brasil em uma edição da Olimpíada

Publicado em 25 de julho de 2021 às 20:56

- Atualizado há um ano

. Crédito: Wander Roberto/COB

Quando tinha apenas sete anos, Rayssa Leal viralizou na internet ao fazer, vestida com uma fantasia de fada, uma manobra muito difícil no skate que havia acabado de ganhar dos pais. Hoje, aos 13 anos e 7 meses, a maranhense é a única representante brasileira na final do street feminino em Tóquio-2020. 

A Fadinha, como ficou conhecida, se classificou à decisão na terceira posição, entre as oito finalistas. Pâmela Rosa, primeira colocada do ranking da categoria, e Letícia Bufoni, número 4, foram eliminadas na fase classificatória. A grande final, valendo medalha, será a partir de 00h15 desta segunda-feira (26).

Veja cinco motivos para torcer pela Fadinha:

É a número 2 do mundo Rayssa não está em Tóquio-2020 por acaso. Longe disso. A maranhense é a atual número 2 do mundo da modalidade street do skate, atrás apenas de Pâmela Rosa. E é bom lembrar: tudo isso com 13 anos e 7 meses. A Fadinha é a atleta mais jovem a competir pelo Brasil em uma edição dos Jogos.

Rayssa superou o feito da nadadora Talita Rodrigues, que tinha 13 anos e 11 meses quando disputou Londres-1948. Se conquistar o ouro, se tornará a campeã olímpica mais jovem, batendo a marca da americana Marjorie Gestring, que venceu nos saltos ornamentais em Berlim-1936 com 13 anos e 9 meses.

Começo de tudo Jhulia Rayssa Mendes Leal era apenas uma criança que gostava de praticar skate em Imperatriz, no sudoeste do Maranhão, em 2015. E, no dia 7 de setembro, aos sete anos de idade, insistiu em acertar um ‘heelflip’, uma manobra considerada muito difícil. Após algumas quedas, Rayssa teve êxito. O vídeo foi postado na internet e viralizou, por Rayssa estar fantasiada de fada azul.

Na época, a publicação foi vista mais de 4,8 milhões de vezes e compartilhada por mais de 60,6 mil usuários. Entre os que publicaram o vídeo, estava Tony Hawk, lenda do skate.

Conquistou o ídolo Tony Hawk, aliás, está em Tóquio e vem tietando Rayssa. A Fadinha, por sua vez, também aproveitou para homenagear o astro, que virou amigo. 

"Há 6 anos, ele me apresentava para o mundo do skate compartilhando meu vídeo vestida de fadinha. Hoje, me filmou nas Olimpíadas. Isso tudo é muito incrível, estou vivendo um sonho", escreveu a brasileira, que apelidou o ídolo de 'tio Toninho' e 'Tonizinhu'. Sim, Tony Hawk, lenda do skate e um dos maiores skatistas do mundo, virou 'tio'.

Mais tios A jovem, aliás, vem colecionando uma série de 'tios' e 'tias'. É assim que Rayssa chama quase todos que são mais velhos que ela. Seja ao vivo ou nas redes sociais, a brasileira já 'virou sobrinha' de Richarlison e Paulinho, do futebol masculino, Ana Beatriz, do vôlei feminino... E até Galvão Bueno. Que disse que 'zerou a vida' falando com ela.

Durante a abertura da Olimpíada, Galvão entrevistou Rayssa, assim como a skatista Letícia Bufoni, para que elas comentassem a cerimônia. No fim, o comentarista, que tem mais de 50 anos de carreira, falou: "Zerei a vida". "Eu que zerei", respondeu a Fadinha. 

Defende a igualdade de gêneros Em outubro, Rayssa compartilhou em seu perfil uma série de fotos e vídeos andando de skate e jogando futebol. E escreveu: "Nós podemos sonhar os mesmo sonhos que um menino, nós podemos ir longe e realizar grandes coisas. Nós temos o poder de fazer o que quiser, nós merecemos ser felizes".