Torcedor do Bahia, Hebert Conceição é daqueles que falam triunfo em vez de vitória

Pugilista está a uma vitória (ou triunfo, como prefere) de garantir sua primeira medalha olímpica

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 29 de julho de 2021 às 20:25

- Atualizado há um ano

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Atleta olímpico, bronze mundial, prata Pan-Americano e Jogos Militares. Quem ouve falar sobre Hebert Conceição certamente deve ouvir sobre esses títulos do pugilista. Também é certo que ele fará um adendo: além de tudo, ou antes de tudo, ele é tricolor. Esperança de medalha do Brasil no Boxe em Tóquio, o pugilista é torcedor fanático do Bahia.

No Instagram, não faltam referências sobre o carinho de Hebert com o tricolor de aço. Fotos e vídeos são recorrentes, como na 'imitação' que ele faz de Binha de São Caetano enquanto comemorava o título do Nordeste neste ano - hoje, especificamente, a cabeça deve estar pegando fogo com a nova derrota do tricolor para o Atlético-MG, por 2x0. 

Atleta pela Marinha, o baiano tem fotos acompanhando o Bahia em vários estádios: Allianz Parque, Morumbi, Maracanã e Neo Química Arena, do Corinthians. Em Tóquio, Hebert entregou sua torcida para o mundo ao evitar falar que precisava de uma vitória para garantir uma medalha olímpica. Como torcedor assumidamente chato, ele tira o nome do rubro-negro do vocabulário e só fala... triunfo.

"Foi uma luta muito difícil, um adversário muito duro. Eu já tinha o enfrentado em 2019. Sabia que ia ser difícil, ele me vendeu caro esse triunfo. Eu estou muito feliz. O mais importante agora é o resultado, nem tanto a performance. Hoje o triunfo veio, e eu estou muito feliz. Agora, vamos em busca da medalha na próxima luta", disse após a vitória contra o chinês Erbieke Tuoheta em sua estreia nos Jogos. Hebert comemora classificação para as quartas de final após vencer adversário da China (Foto: Miriam Jeske/COB) "Parente" e cria de Robson Assim como seu "parente" Robson Conceição, ouro no Rio-2016, Hebert é do bairro de São Caetano. Assim como o pupilo, o campeão olímpico também torce para o Bahia. 

A paixão do tricolor pelas luvas vem desde cedo, desde os 14 anos faz boxe e na Academia Champions encontrou várias referências - como o próprio Robson e Pedro Lima, campeão do Pan em 2007. "Desde novinho pude estar treinando ao lado de grandes atletas, que me deram grande inspiração para poder chegar no mesmo patamar de carreira", disse o lutador.

O campeão olímpico se reuniu com o grupo de pugilistas brasileiros antes da viagem para Tóquio, passando algumas dicas para que a lista de campeões do Brasil se amplie.

Na torcida por seu torcedor, o próprio Bahia aproveitou para marcar território nas redes sociais e convocou a galera para assistir à próxima luta de Hebert, domingo, às 6h18, contra o cazaque Abilkhan Amankul. Por sua vez, Hebert tenta se manter em fase melhor que o clube de coração, buscando uma rota de vitórias que o leve até uma medalha olímpica. Ops, triunfo.