Tragédia grega Medeia ganha adaptação baiana

A versão local é protagonizada pela atriz Márcia Limma

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  • Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2018 às 13:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto:Alex Santos/Divulgação

 A tragédia grega Medeia, escrita por Eurípedes (480 a.C. - 406 a.C.), ganha uma adaptação à baiana. Na história original, a protagonista mata os filhos para vingar-se do marido que a traiu. A versão local, protagonizada por Márcia Limma, foi construída a partir das vivências de mulheres encarceradas, num trabalho coordenado pela professora doutora Denise Carrascosa. Em uma série de encontros, mulheres presas escreveram cartas para Medeia, com as quais a atriz estabelece um diálogo. O resultado é o corpo de uma mulher negra em cena, representando a libertação de prisões emocionais que, muitas vezes, leva as mulheres à prisão física. Márcia é cantora, performer, produtora e mestranda em Artes Cênicas. Depois de uma temporada no Teatro Gregório de Matos, a montagem retorna a cartaz, desta vez na Sala do Coro. Aqui, o mito grego é revisitado pelo processo de descolonização do pensamento patriarcal e, através dele, questiona o condicionamento social que marginaliza, julga e condena corpos considerados inadequados ou estranhos. A direção é de Tânia Farias e a dramaturgia é de Marcio Marciano e Daniel Arcades.  Sala do Coro (Campo Grande).

Serviço

O que: A Medeia Negra

Onde: Sala do Coro do TCA

Quando: Desta sexta-feira (2) a Domingo (4) e de 9 a 11 de novembro, às 20h.

Ingresso: R$ 30 | R$ 15