Trânsito é liberado na Ladeira da Soledade após 20 dias de interdição

O local estava bloqueado por conta do desabamento de parte de um casarão, em abril

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  • Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2017 às 07:26

- Atualizado há um ano

O trânsito na Ladeira da Soledade foi aberto pela Transalvador, neste domingo (14), após passar 20 dias interditado. A liberação aconteceu depois da conclusão das obras na parte externa do casarão que desabou no dia 24 de abril, matando três pessoas e deixando outras duas feridas. Segundo a prefeitura, a retirada do restante dos escombros será finalizada nesta segunda-feira (15).Os ônibus tiveram as rotas alteradas por conta do desabamento (Foto: Almiro Lopes/ CORREIO)A interdição do tráfego da Ladeira da Soledade, no bairro da Lapinha, causou transtornos para os moradores e motoristas que costumavam trafegar pela região. Os ônibus que circulavam na área tiveram as rotas alteradas e os moradores tiveram que sair mais cedo de casa e procurar outras alternativas de transporte para não chegar atrasados nos compromissos.A retirada dos escombros começou na quarta-feira (10), mas foi interrompida no dia seguinte por conta do risco de novos desabamentos. O imóvel que desabou é tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) e, segundo a prefeitura, foi necessário aguardar a autorização do órgão para fazer as intervenções. A estimativa é de que o trabalho seja concluído hoje. Blocos de concreto foram colocados para interditar a Ladeira da Soledade (Foto: Almiro Lopes/ CORREIO)Dono foi indiciado por homicídioProprietário do imóvel que desabou na Ladeira da Soledade, o artista plástico José Ivo da Costa Santos, 63 anos, foi indiciado pelo delegado Luiz Henrique Costa Ferreira, titular da 2ª Delegacia (Lapinha), pelo crime de desabamento culposo com resultado morte e lesão corporal. No dia 9 de maio, o inquérito foi enviado para o Ministério Público, e nele consta o laudo com o resultado da perícia realizada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT).O parecer diz que o dano no imóvel foi causado por falta de manutenção, agravado pelas fortes chuvas. De acordo com o delegado Luiz Henrique, a pena que o artista plástico poderá receber é equivalente à de um homicídio culposo, que vai de um a três anos para cada uma das mortes ocorridas, podendo chegar até a nove anos, sem contar as lesões corporais. Ivo, a depender do entendimento da justiça, poderá responder em liberdade.O casarão caiu sobre a casa verde e matou três moradores (Foto: Tailane Muniz/ CORREIO)O delegado disse também que, além de Ivo, ouviu também moradores região e todos afirmaram que ele sempre se apresentou como o dono do imóvel. “O delegado apurou também que Ivo foi notificado várias vezes pelo poder público sobre as condições do imóvel e os riscos que o ameaçavam, mas não fez nada”, afirmou a polícia civil, em nota divulgada na época.