Tributo a Clarice Lispector reúne 50 obras no Santo Antônio Além do Carmo

Exposição batizada de Clarices abre para o público nesta terça (13)

Publicado em 13 de outubro de 2020 às 08:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mário Edson/Divulgação

Considerada uma das escritoras mais importantes do século XX, a ucraniana naturalizada brasileira Clarice Lispector  será homenageada por artistas da Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe, Ceará, São Paulo, Itália e Chile durante o mês de outubro. Intitulada “Clarices”, a exposição estreia oficialmente em Salvador nesta terça (13) e segue até o dia 12 de dezembro no ME Ateliê da Fotografia, que fica no Santo Antônio Além do Carmo. As exibições gratuitas acontecem às terças-feiras, quintas e sábados, das 14 às 16h.

A exposição comemora o centenário de vida e obra da escritora, que nasceu no dia 10 de dezembro de 1920 na cidade ucraniana de Chechelnyk. Além disso, o vernissage também celebra o 2º ano de atividades do ME Ateliê da Fotografia. Localizado na Ladeira do Boqueirão, número 6, no charmoso Santo Antõnio Além do Carmo, o ateliê do fotógrafo baiano e curador Mário Edson comemorou seu primeiro ano de vida com uma homenagem semelhante à pintora mexicana Frida Kahlo. A série de exposições com mais de 60 artistas ficou por lá durante 6 meses.

“Falar de Clarice Lispector no ano em que se comemora seu centenário é de grande responsabilidade e imensurável desafio. Uma mulher de fama enigmática e misteriosa, cuja obra foi um divisor de águas na literatura brasileira, numa época de cenário dominado, exclusivamente, por escritores e temáticas regionais, Clarice chega com uma abordagem psicológica, histórias do cotidiano e elencando sempre a figura feminina como protagonista”, explica o curador. 

Para esse ano, Mário Edson traz 51 artistas brasileiros e estrangeiros para a exposição; sendo 21 fotógrafos, 23 pintores, ceramistas, escultores e bordadeiras, e 7 artistas cênicos. Entre os nomes, a chilena Camila Alemany, a italiana Cristina Cenciarelli e os brasileiros Manuel Chagas, Ieda Dias, Will Recarey e o próprio Mário Edson. 

Propondo releituras de livros, contos, citações, filmes e peças produzidas pela escritora, a exposição entrega visões fragmentadas da autora sob o olhar da fotografia, pintura, desenho, escultura, bordado, poesia e música de novos artistas. 

Obras conhecidas da autora como o clássico de 1961, “A Maçã no Escuro”, “Felicidade Clandestina” (1971) e “A Hora da Estrela” (1977) prometem "encantar o público diante de novos ângulos e perspectivas".

Biossegurança A coletânea artística do vernissage será distribuída entre os três espaços do ateliê, com sessões cinematográficas, apresentações teatrais, narrativas de histórias para crianças, oficinas, rodas de conversa e visitas guiadas. Além das atividades programadas, a brasileira Ieda Dias protagonizará um monólogo sobre a vida e obra de Clarice Lispector.

A exposição segue o Protocolo Setorial da Prefeita de Salvador, documento que desgina que Centros Culturais, Museus e Galerias de Arte funcionem com até 30% da sua capacidade máxima para visitações simultâneas. Todo o procedimento é seguido: os visitantes passam por uma aferição de temperatura na entrada e depois disso podem seguir para o vernissage - nome dado a esse modelo de evento que reúne fotógrafos, artistas plásticos e cênicos numa mesma exposição.

Os visitantes podem explorar o vernissage, mantendo o distanciamento social de 1,5m, com a permanência de até 1h sob utilização de máscara protetora durante toda a exposição. A higienização do local é feita antes e após o encerramento do horário de visita.