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Tricampeão da Fórmula 1, Niki Lauda morre aos 70 anos


 

Ex-piloto estava em Viena com sua família e teve falência renal

  • Ivan Dias Marques

Publicado em 20/05/2019 às 22:34:02
Atualizado em 19/04/2023 às 19:21:04
. Crédito: AFP

Um dos pilotos mais memoráveis da Fórmula 1 chegou ao fim da sua última jornada na noite desta segunda-feira (20). Morreu, em Viena, o austríaco Niki Lauda, tricampeão da categoria, em 1975, 1977 e 1984. “Com profunda tristeza, anunciamos que nosso amado Niki morreu pacificamente com sua família na segunda-feira, 20 de maio de 2019. Suas realizações únicas como atleta e empreendedor são e permanecerão inesquecíveis; seu incansável entusiasmo pela ação, sua franqueza e sua coragem permanecem um modelo e uma referência para todos nós. Era um marido amoroso e atencioso, pai e avô longe do público, que sentirá sua falta”, diz o e-mail assinado pela família do ex-piloto.  Aos 70 anos, Lauda havia passado por um transplante de pulmão no ano passado, do que demorou mais de dois meses para receber alta. No começa de 2019, o ex-piloto voltou ao hospital, dessa vez para tratar de uma forte gripe pega durante as festas de fim de ano.  A morte dele, segundo as primeiras notícias, foi pro conta de falência renal. O austríaco já havia passado por dois transplantes de rim. O primeiro, em 1997, vindo do irmão Florian. O segundo, em 2004, da atual esposa Birgit Wetzinger. Lauda deixa cinco filhos.

Carreira Ao todo, Lauda correu 177 grandes prêmios de Fórmula, com 25 vitórias. Foi o último piloto a ser campeão por Ferrari (seus dois primeiros títulos) e McLaren (o de 1984). O austríaco estreou na F-1 em 1971, correndo pela March. Dois anos depois, na BRM, marcou seus primeiros pontos e chamou a atenção da Ferrari, que o contratou. Em 1975, conquistaria seu primeiro título por antecipação. No ano seguinte viveu um drama. No GP de  Nürburgring, na Alemanha, seu carro pegou fogo e ele ficou preso por alguns minutos. No hospital, um padre chegou a ser chamado para dar-lhe a extrema-unção, mas ele sobreviveu e voltou a correr no mesmo ano. Abandonaria a F-1 em 1979, mas acabou voltando dois anos depois, para correr na McLaren. Campeão em 1984, se aposentou no ano seguinte. Desde o fim de 2012, era presidente não-executivo na Mercedes, sendo importante para a contratartação de Lewis Hamilton e contribuindo para os cinco títulos seguidos de pilots e construtores da equipe. Antes foi consultor da Ferrari nos anos 90 e diretor-técnico da Jaguar, nos anos 2000.