Troféu para quem errar menos

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  • D
  • Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Domingo (8) é dia de conhecer o campeão baiano de 2018, num Ba-Vi que será disputado em um Barradão repleto de rubro-negros, como repleta de tricolores esteve a Fonte Nova domingo passado.

É pena que o parágrafo acima, espelhando a realidade, tivesse que ser feito assim, separando rubro-negros e tricolores em estádios diferentes, graças à junção, num mesmo balaio, de imbecilidade e incompetência. Mas, como dizem, é  o que temos pra hoje – não só no jogo como na vida do país, o que dá mais ou menos no mesmo.

Vencer o clássico de domingo (8) por qualquer placar e garantir o tricampeonato não é tarefa impossível para o Vitória, especialmente se encontrar uma defesa tricolor atarantada como na primeira partida, sabe-se lá por qual motivo.

Problema mesmo para o Vitória é ter que lidar com dois laterais constrangedores e uma dupla de volantes privilegiada, que teve a oportunidade de assistir ao embate vencido pelo Bahia de dentro do campo – deve ser um tipo de experiência 3D vivencial. 

Do mesmo modo, empatar ou vencer também não é tarefa impossível para o Bahia, como o primeiro jogo já deixou claro, especialmente porque encontrou no oponente os laterais constrangedores e os volantes privilegiados supracitados.

Problema mesmo para o Bahia é a fase do seu capitão, que desde o início do ano já errou tudo que foi possível, e a quantidade de gols que o Vitória tem feito no Barradão. Na Fonte, o Bahia teve as oportunidades e deixou passar.

Para além das quatro linhas, resta-me apenas uma questão após o primeiro jogo, que deixo por aqui pro caso de alguém saber a resposta: o pessoal que adotou o contorcionismo argumentativo para tentar justificar um pênalti inexistente e a não expulsão do goleiro tricolor não ficou com torcicolo não? Cuidado para não entortar.  

Patético Depois de quase 20 anos à frente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), Ednaldo Rodrigues conseguiu exatamente o que queria: arquitetou uma manobra infame, marcou as eleições às pressas no meio das finais do Campeonato Baiano e, com a falta de tempo para qualquer concorrente se habilitar, fez seu sucessor “por aclamação”.

Ricardo Lima, que assume a entidade no próximo ano, é cupincha de primeira ordem de Ednaldo Rodrigues. Ao ser “aclamado”, deu uma declaração patética: “Não queriam renovação? Tá aqui”.

É óbvio que Lima sabe que não representa qualquer renovação. Ao contrário, é apenas a continuidade e a representação de uma gestão que levou o futebol da Bahia ao buraco, num processo de aprofundamento que seguirá em curso desde já.

Ao deixar (?) a FBF para seu aliado, Ednaldo Rodrigues vai ser um dos vice-presidentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), dando suporte a Rogério Caboclo, escolhido por Marco Polo Del Nero para ser candidato único com manobra semelhante à que vimos por aqui. Logo, ele também será “aclamado”.

No dicionário, um dos significados do verbete “aclamado” é “aplaudido”. Se tem idiotas que batem palma pra militar que ameaça tomar o país à força, certamente tem uns perus beneficiados para aplaudir os ditadores da bola.

*Victor Uchôa é jornalista e escreve aos sábados