Trump manda militarizar fronteira com o México com a Guarda Nacional

Prazo para que autoridades apresentem plano de ação ao presidente americano é de 30 dias

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Publicado em 5 de abril de 2018 às 08:04

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O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, determinou nessa quarta-feira (4) ao Pentágono e a outras agências do governo que lhe apresentem um plano para militarizar a fronteira com o México, com a utilização da Guarda Nacional.

O Pentágono "deverá apoiar o Departamento de Segurança Nacional a assegurar a fronteira sul e tomar novas medidas necessárias para deter o fluxo de drogas mortais e outros contrabandos, membros de gangues e outros delinquentes, e indocumentados a este país", ordenou Trump.

O presidente americano deu 30 dias ao chefe do Pentágono, James Mattis; ao procurador-geral, Jeff Sessions; e à secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, para que lhe apresentem um relatório conjunto que detalhe o "plano de ação" para militarizar a fronteira.

Trump determinou a Nielsen, encarregada da segurança na fronteira, que "forneça treinamento ou instrução necessária para qualquer pessoal militar, incluindo unidades da Guarda Nacional", para apoiar seu Departamento nessa missão.

Além disso, justificou a decisão de utilizar as Forças Armadas com o argumento de que o Pentágono tem experiência na proteção de fronteiras, já que auxilia outros países nesse trabalho.

No memorando aprovado, Trump disse que "a situação na fronteira chegou a um ponto de crise" em que "a anarquia (...) é incompatível com a segurança e a soberania do povo americano".

O presidente americano alegou que a segurança do país está "ameaçada" por um aumento drástico da atividade ilegal na fronteira, incluindo o fluxo de "grandes quantidades de fentanil, outros opioides e novas drogas perigosas e ilícitas, em níveis sem precedentes".

Por fim, Trump advertiu que o "rápido aumento dos cruzamentos ilegais" que se prevê nos meses de primavera e verão ameaça "transbordar" as forças de segurança que protegem agora a fronteira.

"O meu governo não tem outro remédio a não ser agir", acrescentou.