Tudo o que você precisa saber para trabalhar com relações internacionais

Há oportunidades no setor público, privado e também no terceiro setor

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  • Maryanna Nascimento

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Pixabay

Diplomacia, carros pretos e coquetéis podem ser as primeiras imagens que vêm a cabeça de quem não conhece muito sobre o profissional de relações internacionais. É só começar a pesquisar para perceber que os internacionalistas, como são conhecidos os que trabalham na área, não se limitam a atuar apenas em embaixadas e em outros setores públicos. As oportunidades também passam pelo setor privado e pelo terceiro setor (organizações de iniciativa privada, sem fins lucrativos).

De acordo com Carolina Moulin, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e diretora da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI), esse cenário favorável foi construído ao longo da última década. “Nesse período, os cursos de graduação se fortaleceram e o campo de trabalho também. Até então era muito vinculado à carreira diplomática, mas houve uma expansão, inclusive dentro do setor público”, explica. O setor privado e o terceiro setor também aderiram a esses profissionais. No primeiro caso, Carolina diz que com “a presença da economia lá fora e a entrada de investimento externo no Brasil, muitas empresas passaram a contratar (internacionalistas)”.

O caminho

Para ser um profissional de relações internacionais não há, por regulamentação, a exigência de ser graduado na área. Porém, o curso permite que o aluno adquira bagagem e, consequentemente, as portas do mercado de trabalho se abrem com mais facilidade. 

Segundo Mateus Souza, coordenador do curso de relações internacionais do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), o aluno precisa compreender que a formação será tão desafiadora quanto qualquer outra. “É preciso fazer muita leitura, além de ter capacidade de reflexão e análise. Também é necessário compreender que as relações internacionais ocorrem em grandes salas, em Genebra (Suíça), mas também se estabelecem e se modificam na nossa cidade”, diz.

Uma vez no curso, surge a pergunta: ‘O que eu vou fazer agora?’. De acordo com Tânia Maria Pechir, professora do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (Irel-UNB), a resposta é simples, ‘o que você quiser’. “O profissional de relações internacionais tem um universo vastíssimo de possibilidade de atuação. A decisão de para onde seguir depende do interesse que ele tenha durante a formação”, comenta. Para ajudar, ela aconselha que o estudante já se direcione durante o curso para o que mais chama a sua atenção.

Tudo sobre a profissão

Atuação

Setor público: Embaixadas, área acadêmica, prefeituras, governo estadual e federalSetor privado: Empresas multinacionais, agências de consultoriaTerceiro setor: Organizações não governamentais nacionais ou internacionais, organizações religiosas.

Salário

Setor público: Para terceiro secretário/diplomata, inicial de R$ 15 mil; na área acadêmica, a entrada é de R$ 9 a 10 milSetor privado: Um gerente internacional ganha, em média, de R$ 12 mil a 15 milTerceiro setor: A remuneração de entrada, como assistente, pode variar de R$ 7mil  a 8 mil, em alguns casos.

Onde se graduar

Salvador: Na capital, o curso é oferecido pela Unijorge, maior nota do Brasil entre instituições públicas e privadas, segundo  o Enade (2015). Mensalidade a partir de R$ 661,66. Outra opção,  recém-lançada, é na Unifacs. Mensalidade a partir de  R$ 1.049,00

Brasil: Nacionalmente, as mais tradicionais são a UNB, a PUC de Minas e do Rio, a UFRJ e a USP.