Turismo da Bahia tem segundo pior resultado do país e queda de 4,9%

Dados se referem a maio e foram divulgados hoje pelo IBGE

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  • Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2018 às 11:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

De abril para maio, as atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia voltaram a cair (-4,9%), após terem apresentado em abril a primeira variação positiva do ano nessa comparação (2,7%). O confronto com o mês imediatamente anterior é ajustado sazonalmente.

O resultado foi o segundo pior entre os 12 estados investigados pelo Instituto Brasileiro de Georgrafia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta sexta-feira (13). O dado é melhor apenas que o verificado no Distrito Federal (-5%), e ficou abaixo da média nacional (-2,4%). De abril para maio, apenas Goiás (2%), Pernambuco (1,5%) e Ceará (0,9%) apresentaram aumentos no volume das atividades turísticas.

Na comparação com maio de 2017, o resultado do turismo baiano foi o pior do país (-8,2%), quarta queda consecutiva nessa comparação e aprofundando significativamente o ritmo de retração em relação a abril, (-0,1%). Nessa comparação, Paraná (-3,7%) e Rio de Janeiro (-1,9%) também apresentaram recuos.

No ano de 2018, o volume das atividades turísticas no estado já acumula queda de 4,4%, mantendo-se como a segunda maior retração, menor apenas que a do Rio de Janeiro (-6,2%), e maior que a média nacional (-0,3%).

Nos 12 meses encerrados em maio, o turismo baiano também apresenta retração (-1,1%), embora menor que a média nacional (-4,0%).

Em maio, o volume do setor de serviços - que engloba o turismo - caiu 4,8% na Bahia, na comparação com o mês imediatamente anterior, livre de influências sazonais, após a variação positiva registrada em abril nessa comparação (0,7%). O resultado baiano ficou um pouco pior que a média nacional (-3,8%).

De abril para maio, o setor de serviços recuou em 23 dos 27 estados, com destaques negativos para Tocantins (-20,2%), Espírito Santo (-11,3%) e Mato Grosso (-9,3%). Nessa comparação, os serviços só tiveram resultados positivos no Acre (4,6%), Distrito Federal (1,4%) e Piauí (1,0%), enquanto no Amazonas o setor não apresentou variação (0,0%).

Na comparação com maio de 2017, o volume dos serviços na Bahia também seguiu em queda (-9,8%). Nessa comparação, o setor recua há sete meses consecutivos na Bahia (desde novembro de 2017).

O resultado do estado frente a maio de 2017 (-9,8%) ficou também significativamente abaixo da média nacional (-3,8%). Nesse confronto, o volume do setor de serviços caiu em 25 dos 27 estados, ficando positivo apenas no Distrito Federal (4,8%) e em Roraima (9,0%).

Com o desempenho negativo de maio, os serviços na Bahia acumulam queda de 6,5% no ano de 2018 e de 4,7% em 12 meses. O desempenho do setor não é positivo nesses indicadores há bastante tempo: no acumulado no ano, está em quedas seguidas desde fevereiro de 2017; no acumulado em 12 meses, recua desde setembro de 2015.

De janeiro a maio de 2018, no Brasil, os serviços caem 1,3%, com recuos em 23 dos 27 estados. Nos 12 meses encerrados em maio, o volume do setor teve retração de 1,6% no país, com resultados negativos em 22 unidades da Federação.

Comparando ao mesmo mês de 2017, em maio de 2018 (-4,7%), quatro das cinco atividades de serviços pesquisadas tiveram resultados negativos na Bahia.

Com as maiores quedas, em termos de magnitude, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-12,8%) e os serviços de informação e comunicação (-14,9%) exerceram, nessa ordem, as principais influências negativas no estado.

Os transportes são a atividade de maior peso na estrutura dos serviços baianos e tiveram em maio (-12,8%) a terceira queda consecutiva neste ano, porém num ritmo muito mais intenso que nos meses anteriores (-0,3% em abril e -2,6% em março).

Os serviços de informação e comunicação se mantêm em quedas seguidas há quase um ano, desde junho de 2017, acumulando retração de 14,6% de janeiro a maio de 2018 – a maior dentre as atividades investigadas.

A única atividade com variação positiva em maio, no estado, em maio, foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%), que apresentou sua terceira alta neste ano, após uma série de resultados negativos que se estendeu de março de 2017 a fevereiro de 2018.