Turma da Mônica volta em Lições, agora mais madura

Malu Mader é uma das novidades no elenco. Humberto, Do Contra e Marina também estão na história

  • Foto do(a) author(a) Roberto  Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 30 de dezembro de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: Serendipty Inc

Hoje, é dia de pais e filhos se juntarem para ir aos cinemas e viverem aquela deliciosa situação, em que, ao fim da sessão, a gente se pergunta quem se divertiu mais: pai ou filho? É que está chegando aos cinemas a nova aventura em live-action da turminha mais amada do Brasil: Turma da Mônica - Lições.

A galeria de personagens criada por Mauricio de Sousa é daqueles fenômenos raros, que une gerações e consegue renovar seu público de uma maneira impressionante. A prova disso é que o repórter que escreve este texto, de 45 anos, foi alfabetizado com os quadrinhos da turma do Bairro do Limoeiro e ele também testemunhou seus dois filhos aprenderem a ler desta forma. E é bem provável que você, leitor, também tenha passado por isso. A Professora (Malu Mader): Estrela da TV Globo nos anos 80 e 90, Malu Mader aceitou o convite para viver a Professora da Mônica no novo colégio onde ela vai estudar. A Professora dá a ela um importante conselho sobre como crescer e amadurecer O elenco principal é o mesmo de Turma da Mônica - Laços, lançado em 2019, com a diferença de que as crianças já são pré-adolescentes, afinal as filmagens ocorreram três anos depois. E o maior acerto do primeiro filme foi mantido: o diretor Daniel Rezende, que ganhou projeção como montador de Cidade de Deus (2002), é o responsável pela nova aventura. 

Vamos à trama de Lições: Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão fugiram da escola e vão ter que encarar as consequências do ato de rebeldia, que não serão poucas. No novo percurso, a turma vai viver uma jornada de amadurecimento e aprofundar o sentido da amizade. "E a trama era uma pequena aventura. Em Lições, a turminha se separa por um tempo, o que dá um tom mais de drama para a história. Durante muito tempo pensamos: o que vamos fazer com esse material? Decidimos abraçar esse drama", revela Daniel Rezende, de 46 anos. Marina (Lais Vilella): É ela que acolhe Mônica na nova escola. Criada em 1995, a Marina foi inspirada em uma das filhas de Mauricio de Sousa. Com idade entre 6 e 7 anos, a personagem tem grande inteligência e talento para as artes. Já na preparação de elenco, Lais e Giulia, que vive Mônica, se tornaram amigas Além da opção por um tom mais dramático, o filme traz novidades no elenco secundário, com Malu Mader como uma professora e Isabelle Drummond dando vida a Tina, que funciona como uma espécie de mentora da Mônica. “A gente pode crescer sem deixar de ser criança”, diz ela à pequena protagonista.

Malu Mader ressalta a importância de seu papel neste momento: "Fazer uma participação como professora no Brasil de hoje é, de alguma maneira, falar da luz que é a educação em meio a um momento tão desafiante. Uma honra, um prazer e uma alegria contracenar com personagens dos quadrinhos que fazem parte da nossa infância e de uma vida toda”.

Há também crianças que são conhecidas dos leitores, mas não apareciam em Laços e estão em Lições: Humberto, que surgiu nos anos 1960 nas HQs; Do Contra, inspirado em um filho de Mauricio e lançado em 1994; Marina, criada no ano seguinte, e Milena, de 2019. Milena (Emilly Nayara): Muito vaidosa, tem orgulho de seu cabelo. Seus pais são. Sua mãe é veterinária e, por isso, Milena convive com muitos bichinhos. Ela sempre ajuda Dona Sílvia a resgatar animais abandonados e parece até que ela consegue se comunicar com eles Para Daniel Rezende, Lições é um filme sobre amadurecimento: "As crianças estão crescendo, então precisamos transformar o que seria um problema numa solução para a história. E os pais também se conectam ao filme porque um dia já passaram por tudo isso".

Em clima de férias e com tantos fãs no país, Lições tem tudo para, no mínimo repetir a boa performance de Laços nas bilheterias: o filme levou dois milhões de brasileiros às salas de cinema em junho de 2019. Mas enfrentou a concorrência de Toy Story 3, que dominou os cinemas, em uma ocupação covarde das salas brasileiras imposta pelos estúdios americanos. Agora, é verdade, vai enfrentar o novo Homem-Aranha, que estreou semana passada. No entanto, o público-alvo do herói é mais velho e não é um concorrente direto. Mas o Brasil precisa com urgência debater a cota de tela para filmes nacionais.

Em cartaz nos circuitos Glauber Rocha, Cinemark, Cinépolis e UCI