Um filme de importância histórica

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Publicado em 15 de março de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Uma lacuna importante do esporte baiano e nordestino será preenchida graças ao cinema. Entra em cartaz hoje o filme A Luta do Século, documentário que conta a história dos pugilistas Reginaldo Holyfield e Luciano Todo Duro. 

O baiano e o pernambucano são folclóricos e, mesmo no auge das carreiras, nos anos 90, passaram longe de terem sido o que Popó foi uma década depois, esportivamente falando. Mas são muito queridos e até hoje presentes no imaginário dos fãs de esporte. Por quê? Justamente porque o esporte vai além da obtenção de resultados. É também uma manifestação cultural.

Por esse motivo, o duelo ganhou as telonas. O filme do diretor Sérgio Machado mistura vida, arte e esporte, razão pela qual ganha elogios na crítica feita pelo repórter Roberto Midlej. Obviamente, ele teve o privilégio de já ter assistido.

É essa a expectativa que prevalece. Não vi ainda e vou confiante nas palavras do colega de que o filme vai além do folclore em torno da dupla e da “rivalidade” Bahia-Pernambuco, um sentimento que não é de todo falso, já que está no imaginário coletivo, mas passa longe de ser de todo verdadeiro. Que bom que o recorte da obra artística ultrapassa o viés mais explorado e conhecido.

Lançado no Festival do Rio, em 2016, só agora A Luta do Século alcança o circuito comercial das grandes salas. Faz justiça com a história da dupla, que será vista por uma multidão novamente. Holyfield e Todo Duro enchiam o extinto ginásio Balbininho, algo quase inimaginável para uma luta de boxe no Brasil atualmente, seja onde for. Isso, vale destacar, sem nunca terem sido estrelas do primeiro escalão da nobre arte.

Uma curiosidade é que a história seria contada por outra dupla famosa: Lázaro Ramos e Wagner Moura. Mas as agendas atribuladas dos dois mudaram o roteiro drasticamente. Se foi para melhor ou não, impossível saber. Mas, se depender do relato de quem viu o produto final, o espectador não sentirá falta da ficção. É que a realidade da dupla, em sua pobreza nua e crua, impacta e atrai.

Como deu pra perceber, já gostei do filme antes de assistir. Ainda que não seja pelo que (não) vi, porém pelo que ele representa. Reginaldo Holyfield e Todo Duro merecem um lugar reservado na memória do boxe nordestino e, por que não, nacional. Isso o filme ajuda a preservar.

Liga dos Campeões Três da Espanha, dois da Inglaterra, dois da Itália e um da Alemanha. A despeito do emergente PSG, da França, os times classificados para as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa não representam mudança no paradigma do futebol europeu e, por tabela, mundial.

A única “surpresa” foi a eliminação do Manchester United, em casa, para o Sevilla. Surpresa entre aspas porque o United há muito tempo não é uma potência de primeira linha, embora a força da marca o mantenha sempre no topo daqueles rankings baseados em mercado, e não em rendimento.

Além mar, a banda em 2018 vai tocando na mesma toada do resto da década: com Messi e Cristiano Ronaldo deixando todos para trás.

Herbem Gramacho é editor de Esporte e escreve às quintas-feiras.