Um olho na tabela, outro no futuro

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  • Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2017 às 14:43

- Atualizado há um ano

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Chegaremos amanhã ao fim de mais um Campeonato Brasileiro. Este ano, pelo menos, tivemos Bahia e Vitória juntos na primeira divisão. Ainda não é possível cravar que o mesmo se repetirá em 2018, mas, antes da última rodada, já dá pra ter uma visão em perspectiva até aqui.

Independentemente das posições na tabela, fica latente que os maiores clubes baianos ainda precisam penar para alcançar gestões qualificadas no departamento de futebol, com planejamento adequado e execução bem feita.

Nesse campeonato louco em que quase metade dos times pode ir à Taça Libertadores, o Bahia paquerou essa possibilidade e, matematicamente, ainda é viável, mesmo que difícil. Entretanto, para projetar o futuro, é necessário perceber como esse quadro foi pintado aos solavancos.

Após a saída de Guto Ferreira (que, lembremos, chegou ao tricolor no meio da Série B junto com meio time, mais uma prova dos péssimos planos e ações anteriores), o Bahia trouxe Jorginho, que não disse a que veio. Daí, o erro maior: acreditar (e insistir) que Preto poderia ser treinador de um time na Série A. O resultado era o mais previsível possível: time lutando contra o rebaixamento.

Soa paradoxal, mas a direção tricolor deu foi sorte de o Bahia não ter ganho do Coritiba na Fonte Nova, o que determinou a retirada de Preto da direção técnica. Caso um triunfo tivesse ocorrido, era bem capaz de o treinador ficar um pouco mais, deixando um tanto mais intricada a missão já cumprida por Paulo Cézar Carpegiani: salvar a vaca que caminhava para o brejo.

Corta para a Toca do Leão, onde Vagner Mancini já encontrou a vaca quase que totalmente submersa, graças ao trabalho de dirigentes que bateram com êxito todas as metas de asneiras.

Com uma nova diretoria empossada em dezembro de 2016, o Vitória conseguiu ter um ano pífio em todos os sentidos, no campo e na administração. Ocioso falar sobre as contratações desatinadas ou sobre o multiuso de Petkovic, exemplos pontuais dos vexames em série. Já diz muito o fato de que, em menos de um ano, quase todos os diretores que iniciaram a gestão foram postos pra fora ou pediram as contas.

Se não conseguiu fazer o time se impor no Barradão e volta e meia surge com uma escolha inexplicável, Mancini ao menos logrou que o Vitória, em certos momentos do torneio, efetivamente jogasse futebol, o que não havia ocorrido em 2017 até sua chegada. Em se mantendo na Série A, o Vitória terá alcançado este objetivo não por causa dos seus dirigentes, mas apesar deles, como se pode comprovar pela carta de renúncia de Ivã de Almeida, tão extemporânea e mal articulada quanto sua triste figura de (ex) presidente. 

Nos próximos dias, sócios do Bahia e do Vitória escolherão novos mandatários. No tricolor, a eleição era prevista. No Vitória, chega meio de susto. É neste momento que a democracia se faz valorosa, pois cabe ao torcedor, de forma direta – e não a grupelhos -, definir quem regerá seu clube nos próximos anos.

Errou? Acertou? Pode botar na conta da torcida. Mesmo se ela errar, é melhor assim do que não poder escolher.

Victor Uchôa é jornalista e escreve aos sábados.