Uma distância para Robson percorrer

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Não é segredo para ninguém que o foco de Robson Conceição é ser campeão mundial de boxe, com seria de qualquer pugilista do calibre dele quando passa de amador para o profissional. Mas, aos 29 anos, Robson tem uma distância para percorrer até chegar numa posição que seu maior alvo está. Também aos 29 anos, o ucraniano Vasyl Lomachenko é hoje um dos cinco maiores pugilistas do mundo. E provou isso ao humilhar o cubano Guillermo Rigondeaux no último sábado, em Nova York. Rigo, oito anos mais velho, estava invicto em 18 lutas, ainda que quatro categorias abaixo  (supergalos x superpenas). Mas o que prometia ser uma das lutas do ano, entre dois bicampeões olímpicos, foi um monólogo a partir do segundo assalto. O cubano alegou uma fratura na mão esquerda, que o fez desistir do combate antes do 7º round, ainda que os exames tenham mostrado apenas um trauma.  Loma reúne hoje qualidades impressionantes como atleta: potência, arsenal de golpes, jogo de pernas, velocidade, contundência e - ainda por cima - foco e estudo dos rivais. Como profissional, possui uma derrota por decisão dividida em 11 lutas, em 2014, para o mexicano Orlando Salido. O rival chegou na luta com 5 kg a mais que o ucraniano e abusou dos golpes baixos. Como amador, Loma possui o recorde de 396 vitórias e uma derrota. Deveriam ser duas, caso a Associação Internacional de Boxe (Aiba) não tivesse mudado a vitória de Robson sobre ele no Mundial Amador de 2011.  Hoje, o baiano possui um cartel de cinco vitórias como profissional, quatro delas em 2017. Robson evoluiu bastante e precisará seguir evoluindo. Em três, talvez dois anos, possa ter sua desejada revanche contra Loma. A altura é semelhante, mas a envergadura de Robson é bem maior. A distância técnica e de experiência é óbvia ainda, mas há tempo e potencial suficientes em Robson para que ambos sejam diminuídos. 

Handebol Decepcionante, mas sem tanta surpresa. Assim, posso classificar a campanha da seleção feminina de handebol no Mundial da Alemanha. O 18º lugar é péssimo, mas ainda estamos no início do ciclo olímpico, a tempo de corrigir as falhas. Mesmo as vitórias sobre Tunísia e Camarões foram suadas. Empates com Japão e Montenegro e derrotas para Dinamarca, Polônia e Rússia. Desses, apenas as russas, no papel, eram bem melhores. Mas o resultado no Rio-2016 mostra que nossa seleção ainda não inspira confiança. Não pelas atletas, mas por fatores complementares, como a capacidade de decisão e a frieza. Material humano, temos. Vamos à luta, então. Democracia Em uma semana, Bahia e Vitória cumpriram um papel democrático de enorme importância para o futuro (e o presente) de nosso futebol. Somos o primeiro estado a ter seus maiores clubes elegendo presidentes de forma direta pelos seus sócios. Agora, é mostrar o quanto essa democracia é benéfica, com voz ativa dos torcedores na fiscalização e gestões profissionais nos dois clubes. Fica meu desejo de sucesso para Guilherme Bellintani e Ricardo David. Que ambos mostrem que a democracia é um ótimo caminho sem volta para Bahia e Vitória.