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Torneio enviou termo de responsabilidade aos atletas, se eximindo de culpa até em casos de morte
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2020 às 18:02
- Atualizado há um ano
O US Open está previsto para começar no dia 31 de agosto, em Nova York, sendo o primeiro Grand Slam a ser retomado na pandemia do coronavírus. A competição, porém, virou alvo de algumas discussões. Neste domingo (9), tenistas vazaram um documento que mostra que o torneio pediu aos atletas que assinassem um termo de responsabilidade - e, neste, os participantes se eximiriam de culpa em caso de contaminação da covid-19.
O holandês Wesley Koolhof, 17º do ranking nas duplas, foi um dos jogadores que divulgaram o termo. Ele ironizou o conteúdo da carta enviada pela USTA (Associação de Tênis dos Estados Unidos), responsável pela organização do torneio, e destacou trechos como "assumir responsabilidade em caso de morte".
No documento, os tenistas precisam, de fato, assinar um termo que exime o US Open de culpa no caso dos atletas contraírem o coronavírus enquanto estiverem em Nova York. E vale, inclusive, para os casos de morte tanto do próprio jogador como de doença de pessoas próximas de sua equipe ou parentes.
A USTA quer que os tenistas garantam que estão indo competir por suas próprias conta e risco - e, assim, a associação se protege de possíveis processos ou reivindicações.
Caso um atleta não queira disputar o US Open, a ATP já anunciou que eles não terão pontos descontados do ranking. Eles só somariam pontuações com os jogos de 2020. Desta forma, muitos poderão preferir manter a quarentena e evitar as competições.
A ATP, inclusive, barrou uma decisão do US Open de eliminar um tenista que tenha um dos membros de sua equipe infectado pelo coronavírus. O caso, porém, segue indefinido. O que está válido é que os atletas que testarem positivo para covid-19 serão excluídos do torneio.