Vai fazer Enem? Veja quais foram os assuntos mais cobrados nos últimos 10 anos

Biologia e História são disciplinas que cobraram assuntos mais diversificados

O CORREIO fez um levantamento estatístico dos assuntos cobrados pelas principais disciplinas nos últimos 10 anos de Exame Nacional do Ensimo Médio (Enem). Os resultados encontrados podem ajudar os estudantes a saber quais os conteúdos que mais se repetiram em edições anteriores - de 2009 a 2018. Nesta segunda-feira (25), o edital da prova para 2019 foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Já há mudanças previstas, sobretudo na segurança.

Entre 2009 e 2018, os assuntos mais cobrados em Matemática foram: geometria (25,4%); escala, razão e proporção (13,6%); aritimética (13%); funções (9,1%); porcentagem (7,9%); gráfico e tabelas (7,8%); estatística (6,8%); probabilidade (5,8%); equações elementares (2,6%); análise combinatória (2,6%); sequências (2,2%); números inteiros e reais (1,6%); trigonometria (1,2%); notação científica (0,2%) e matriz (0,1%).

A cobrança dos assuntos de Português está dividida da seguinte maneira, levando em consideração os últimos 10 anos: leitura e interpretação de texto (30%); estrutura textual e análise do discurso (18,5%); leitura e arte (12,1%); gênero textual (8,6%); variação linguística (8,1%); literatura (7,8%); funções de linguagem (3,6%); relação intertextual (3,3%); gramática (2,7%); semântica (2,2%); norma culta x norma popular (2,1%) e figuras de linguagem (1,1%).

Os assuntos mais cobrados em Química foram: química geral (24,8%); física-química (24,8%); química orgânica (18,5%); meio ambiente (12,1%); energia (8,4%); atomística (6%) e água (5,4%).

Em Física, os estudantes precisaram dominar mecânica (28,9%); eletricidade e energia (25,5%); ondulatória (20,1%); termologia (16,7%) e óptica (8,8%).

A disciplina de Biologia é a mais diversificada na cobrança de conteúdos. Nos últimos 10 anos, foi observada a predominância de humanidade e ambiente (18,3%); citologia (11,9%); histologia e fisiologia - animal e humana (11,2%); biotecnologia (8,3%); fundamentos da ecologia (8%); microbiologia e doenças associadas (7,1%); evolução (5,8%); cadeias e teias - fluxo de energia (5,4%); biologia molecular (4,5%); biomas (4,2%); genética mendeliana (3,5%); botânica (3,5%); genética molecular (2,2%); embriologia e reprodução (1,9%); método científico (1,3%); taxonomia/sistemática (1%); zoologia (0,6%); origem da vida (0,6%); indicadores sociais (0,3%) e legislação e cidadania (0,3%).

História também apareceu como uma das matérias que mais cobram conteúdos diversos, ficando estruturada assim: idade contemporânea (15,2%); Brasil colônia (9%); Brasil império (7,4%); história política (7,2%); patrimônio histórico-cultural (6,1%); era Vargas (5,3%); movimentos sociais (5,3%); 1ª República (4,8%); idade antiga (4,5%); idade moderna (4,3%); identidade cultural (4,3%); idade média (3,2%); tecnologia da informação (3,2%); cidadania (3,2%); ditadura militar (2,9%); história da América (2,1%); Brasil república (2,1%); identidade nacional (1,9%); antropologia (2%); direitos humanos (1,6%); nova república (1,3%); república liberal (1,1%); questão indígena (1,1%); democracia (0,8%) e formação dos estados nacionais (0,3%).

Em Geografia, os estudantes devem ficar atentos aos seguintes temas: geografia agrária (18,3%); meio ambiente (17,7%); economia e globalização (13,6%); geografia urbana (10,1%); geopolítica (8,5%); geografia física (8,5%); demografia e cultura (8,2%); tecnologia, transporte e comunicação (5%); indústria (4,1%); energia (3,8%) e cartografia (2%).

Veja o calendário do Enem 2019: - 25 de março: Publicação do edital pelo Inep - 1º a 10 de abril: Pedidos de isenção da taxa de inscrição - 1º a 10 de abril: Justificativa de ausência no Enem 2018 (necessária para pedir a isenção) - 6 a 17 de maio: Inscrições - 6 a 23 de maio: Pagamento das inscrições - 20 a 24 de maio: Solicitação de atendimento pelo nome social - 3 e 10 de novembro: Aplicação das provas

Quem tem direito à isenção? - Estudantes que estejam cursando o último ano do ensino médio na rede pública; - Candidatos que tenham cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada, com renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio; - Aqueles que declararem estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por serem membros de família de baixa renda e que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Veja dicas de como se preparar para o Exame: - Estude em um local organizado e, de preferência, silencioso; - Organize uma agenda de estudos, disponibilizando entre duas e quatro horas por dia para a revisão dos conteúdos; - Não deixe para estudar de última hora, afinal, o conteúdo é complexo e extenso; - Use a internet a seu favor, com a ajuda de videoaulas para complementar os estudos; - Evite estudar mais de uma disciplina por dia e alterne os assuntos a cada dia. Por exemplo: se hoje você estudou matemática, amanhã estude português; - Um bom exercício é a resolução de provas anteriores. Apesar de não serem iguais, as questões são parecidas e abordam assuntos que se repetem; - Depois de resolver as provas anteriores, é importante identificar os erros e anotá-los, como dicas de conteúdos que precisam ser revisados; - Uma boa nota na redação ajuda a aumentar a pontuação final no Enem. Por isso, esteja atento aos assuntos atuais e às normas da língua portuguesa; - Uma forma de treinar a redação é a prática constante de produção textual. Selecione temas diversos e mãos à obra; - Por fim, aprenda a controlar o próprio tempo, afinal, o Enem dá ao candidato 5h30 para a resolução das questões do primeiro dia  e 5h para o segundo

*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier