'Vamos ter que conviver com a covid', diz Queiroga após anunciar fim da emergência

Ministro citou 3 pontos para explicar a decisão da pasta em encerrar período de emergência

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  • Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2022 às 11:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explicou em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18) a decisão de declarar o fim da emergência de saúde pública por conta da covid-19 no Brasil. O anúncio foi feito ontem pelo ministro.

Queiroga afirmou que a decisão se explica por três pontos: a queda expressiva de casos e mortes por covid-19 nos últimos 15 dias; a ampla cobertura vacinal da população, já que mais de 70% já completaram esquema com duas doses e cerca de 39% tomaram a dose de reforço; e a capacidade do SUS de atender os casos de covid e as doenças prevalentes.

O ministro ainda destacou a capacidade de vigilância epidemiológica do Brasil como outro ponto que influenciou a decisão.

Ele disse que "nenhuma política de saúde pública será interrompida" com a decisão de encerrar a emergência.

"A covid não acabou e não vai acabar, e nós precisamos conviver com essa doença e com esse vírus. Felizmente, parece que o vírus tem perdido a força, tem perdido a letalidade, e cada dia nós vislumbramos um período pós-pandêmico mais próximo de todo mundo", disse o ministro.

Queiroga disse que não cabe ao Ministério da Saúde "acabar com a pandemia". A Organização Mundial de Saúde (OMS), que declarou que a covid-19 era uma pandemia em março de 2020, ainda não alterou a classificação e tem demonstrado preocupação com o relaxamento das medidas de enfrentamento à doença por todo mundo.

"A Organização Mundial de Saúde analisa o contexto internacional e nós, aqui, analisamos o contexto nacional", avaliou Queiroga.

O Brasil registrou 10.417 mortes pela covid-19 em março, segundo consórcio da imprensa. O valor representa queda de 50% em relação a fevereiro.