Vaza gravação de Trump autorizando pagamento a ex-coelhinha da Playboy

A gravação foi feita dois meses antes da eleição presidencial de novembro de 2016

  • D
  • Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2018 às 23:14

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou nesta quarta-feira (25) seu ex-advogado pessoal, Michael Cohen, depois que a rede CNN divulgou uma gravação em que os dois discutem como evitar que se tornasse pública a relação de Trump com a ex-modelo da Playboy Karen McDougal. No áudio, Michael Cohen diz que precisa começar uma empresa “para transferir toda essa informação a respeito do nosso amigo David”, que pode ser uma referência a David Pecker, amigo de Trump e dono do National Inquirer. Quando Cohen fala sobre finanças, Trump questiona: “Que financiamento”. E o advogado responde: “Nós temos que pagar”. Em seguida, uma voz não identificada fala: “pagar em dinheiro vivo”. E Cohen interrompe: “não, não, não, não”. Por fim, o presidente dos EUA determina: “cheque”. Em seu Twitter, Trump questionou a idoneidade de Cohen. “Que tipo de advogado gravaria um cliente? Muito triste!”, escreveu. E ainda descreditou a gravação. “Por que a gravação termina de maneira abrupta (cortada), enquanto eu supostamente estava dizendo coisas positivas? Ouvi que há outros clientes e muitos repórteres que estão gravados. Pode ser assim? Muito ruim!”, acrescentou. A gravação foi feita dois meses antes da eleição presidencial de novembro de 2016 e foi encontrada pelo FBI no escritório do advogado. O áudio fala sobre Karen McDougal, que na época era modelo da Playboy e que afirma ter tido uma “relação romântica de dez meses” com Trump em 2006, pouco depois que a esposa de Trump, Melania, deu à luz a Barron, último filho do magnata. A discussão registrada gira em torno da compra dos direitos da história de McDougal, que ela tinha vendido ao tabloide National Enquirer por R$ 150 mil dólares um mês antes da data do áudio.  A equipe de Donald Trump negou saber sobre o acordo de McDougal durante a campanha presidencial. A gravação faz parte de um inquérito federal contra Michael Cohen por possível violação da lei de financiamento eleitoral americana, já que estes acordos fariam parte dos gastos dos esforços para que o republicano se elegesse.