Veja dicas da neuroarquitetura para o trabalho render mais

Quebrar a formalidade dos ambientes pode diminuir a ansiedade e melhorar rendimento; entenda

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  • Rafaela Fleur

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 15:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marcelo Negromonte/Divulgação

Sabe aquele conselho sobre não levar o trabalho para casa? Ele continua valendo. Porém, se a máxima for invertida, a coisa muda de figura: levar a casa para o trabalho é uma grande aposta no mundo da decoração. O nome disso? Neuroarquitetura para escritórios.

Cadastre seu e-mail e receba novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, tecnologia, bem-estar, pets, decoração e as melhores coisas de Salvador e da Bahia: “A neuroarquitetura é um estudo que une a neurociência com a Arquitetura. Juntas, têm o objetivo de explicar como os ambientes físicos impactam no nosso comportamento. Isso vale, principalmente, para os espaços de trabalho”, explica a arquiteta Priscilla Bencke, especialista em projetos de escritório há quase dez anos. Ambiente da arquiteta Thais Vaz na CASACOR propõe escritório com cara de casa (Foto: Marcelo Negromonte/Divulgação) Ou seja: quanto mais o lugar onde você trabalha se parece com a sua casa, melhor. Isso, além de tornar o ambiente visualmente mais bonito, favorece o desempenho das funções e incentiva a criatividade. Quem confirma a informação é o neurocirurgião do Hospital das Clínicas da Ufba Adriano Rossetti.“A neuroarquitetura incentiva a interação entre os estímulos sonoros, visuais, olfativos e táteis e as diversas áreas cerebrais, principalmente o sistema límbico, que é a área do cérebro responsável pelas emoções e que também está relacionada à memória. Logo, o espaço interfere diretamente na execução das atividades”, pontua ele. Como mudar os espaços Primeiro, esqueça grandes gastos. Não é preciso desembolsar muito para tornar os ambientes mais acolhedores. É coisa de pequenas mudanças, como adequações de iluminação e pinturas de parede. Outra dica boa é investir em plantas e objetos de madeira, ligados à sensação de conforto. Uma boa dica para deixar o ambiente mais acolhedor é inserir plantas na decoração (Foto: Shutterstock/Divulgação) Criadora do ambiente Doca 31 na mostra CASACOR 2018, a arquiteta baiana Thais Vaz acredita que alterações simples, de fato, funcionam.

Com a proposta de romper com a formalidade do ambiente de trabalho, a ideia de Thais foi deixar um espaço de coworking (trabalho colaborativo) com cara de casa.

A dica da arquiteta é sempre pensar em três pilares na hora de decorar: conforto, estética e funcionalidade. “A gente permanece a maior parte do nosso dia no espaço de trabalho, então, é  preciso que as empresas pensem nesse espaço de forma elaborada, com carinho. Priorizar esses três aspectos influi diretamente na produtividade”.

Além do trabalho Apesar do foco da neuroarquitetura ser o ambiente corporativo, o conceito também se expande para outros espaços, como hospitais e escolas.

A arquiteta Milene Kalid criou a Sala de Cura, um ambiente hospitalar dedicado às crianças. Exposto na mostra Morar Mais Por Menos (Hora da Criança, Rio Vermelho), o ambiente usa cores e elementos divertidos para refletir a ideia de acolhimento. Arquiteta Milene Kalid criou ambiente hospitalar divertido para crianças (Foto: Marcelo Negromonte/Divulgação) “O ponto de partida é o bem-estar da criança. Ela precisa se sentir abraçada”.De acordo com relatório de agosto da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o campeão mundial no índice de ansiedade: 9,3% da população manifesta o quadro.

Para Priscilla, a neuroarquitetura é uma importante ferramenta de mudança desse panorama. “As pessoas precisam viver e trabalhar melhor. Já foi comprovado que pensar na construção desses espaços diminui o estresse, a pressão”.   *Com orientação do editor Victor Villarpando

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