Veja tudo que rolou na sabatina com João Santana

As entrevistas vão ser conduzidas pelos jornalistas Donaldson Gomes e Maira Azevedo

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  • Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2018 às 13:04

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO
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Terceiro candidato ao governo a participar da sabatina do CORREIO/iBahia, o emedebista João Santana acredita que o maior problema da Bahia é o desemprego. O postulante ao Palácio de Ondina prometeu transformar as “melhores escolas do estado” em instituições profissionalizantes, observando as características regionais. Para Santana, o desemprego será combatido através de políticas para incrementar a agricultura, o turismo e a educação.

Veja tudo que rolou:

“Sou radicalmente favorável aos cursos profissionalizantes, mas não do tipo que existem atualmente. Irei transformar escolas estaduais que, além de formar o aluno de curso médio, formem também em eletricidade, mecânica, agricultura para que ele possa assumir a própria vida economicamente”, disse o emedebista.

A segurança pública também foi um ponto considerado como central para ele. Como promessa, Santana afirmou que irá "no mínimo duplicar o seguro de vida do policial que morrer no combate", aumentar o efetivo de policiais militares de 32 mil para 45 mil e criar companhias policiais "ligeiras para atingir as áreas rurais".

"Ao atacar o desemprego, nós poderemos retrair o número de pessoas que recorrem à marginalidade. Outro caminho é transformar as polícias em comunitária, bloquear as fronteiras do estado para evitar o tráfico de drogas e o contrabando, instalar um serviço de investigação acoplado à uma inteligência muito sofistificada e melhorar a atividade policial", prometeu. 

O candidato afirmou não ter pensado em propostas específicas para o povo negro e para o povo LGBT porque "não vê diferença em ninguém". “Tratarei a juventude negra como tratarei a juventude branca. Da mesma forma. Não faço exclusão”, declarou. Ele também se comprometeu a diminuir o número de secretarias do estado, mas não quis se comprometer com quais ficarão de fora, caso seja eleito. “Eu irei desburocratizar administração pública, isso envolve a redução do número de secretarias. Farei uma reforma administrativa, onde vou estudar cada caso”, disse.

Com relação à propostas para cultura e patrimônio, João Santana afirmou que começará com a gestão de manutenção dos prédios públicos. "O Arquivo Público é um pavio. A biblioteca também. Precisamos de gestão, de um gestor que entenda que realizar a manutenção evita prejuízos maiores. Não pretendo apenas recuperar os prédios, como quero levá-los para o interior da Bahia, promovendo a extensão da cultura para o interior".

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Sabatina As entrevistas são conduzidas pelos jornalistas Donaldson Gomes, editor de Política e Economia do CORREIO, e Maíra Azevedo, a influenciadora digital que criou a personagem Tia Má. Serão 60 minutos de transmissão ao vivo pelos canais digitais do CORREIO e do iBahia (sites, páginas no Facebook e no Youtube).

A sabatina é dividida em quatro blocos de 15 minutos cada. No primeiro bloco, o candidato se apresenta ao público respondendo uma pergunta comum a todos e outra feita por um adversário, que foi sorteado previamente na presença dos assessores de cada candidato. Nos demais blocos, apresentou seus projetos e respondeu a perguntas, tanto dos jornalistas que comandam a sabatina, quanto dos internautas e ainda de eleitores que foram entrevistados e resolveram mandar um questionamento, em intervenção feita na estação da Lapa. 

Veja perguntas realizadas para o candidato das entidades civis e especialistas: 

IFBA: Quais os projetos do senhor para ampliação e fortalecimento da educação profissional? Eu sou radicalmente favorável aos cursos profissionalizantes, mas não apenas ao do Senac que apenas despertam o empreendedorismo. Eu quero transformar escolas estaduais das capitais regionais em escolas que, além de formar o aluno no curso médio, não fique como hoje sem saber nada. Que forme também em eletricidade, mecânica, agricultura para que ele possa assumir a própria vida economicamente.

OAB: Qual a proposta de seu governo para melhorar a eficiência do combate ao crime organizado? Primeiro através do meu programa de emprego, eu vou reduzir bastante isso. Na minha ótica, a insegurança não é só fruto da atividade policia. É questão consequente da nossa realidade socioeconômica. Em um estado que você tem dois milhões de desempregado, é possível que você tenha 50 mil que caiam na marginalidade. Eu resolvendo uma parte desses empregos, estou resolvendo parte das inseguranças. Eu vou aumentar efetivo policial, que a Bahia deveria ter 60 mil, só tem 32 mil. Vou aumentar em 15 mil. Vou instalar um sistema investigação acoplada a inteligência altamente tecnologizada, nem que eu tenha mandar policiais para o exterior para saber de um país que tenha grande capacidade nessa área. Também vou aproximar a polícia da comunidade e no mínimo duplicar o seguro de vida do policial que morrer em combate. 

Ademi: Quais são os seus projetos para o setor da construção civil no estado? Imagine que a construção civil emprega, mas sazonalmente. São empregos pontuais. Eu vou brigar pela industrialização na área da cadeia produtiva. Tudo que se produzir na área da agricultura, minérios, pecuária eu vou produzir atrativos a vinda de indústrias. Se você me disser que alguém vai trazer da lua uma empresa que a gente nem precisa mas que vai gerar ICMS, eu vou querer, eu vou defender mas dentro da estrutura do governo a cadeia produtiva temos minérios, sisal, cacau, soja. Vou transformar em cadeias produtivas.

Especialistas

Monique Evellen, criadora do “Desabafo Social” - Como  pretende resolver a taxa de homicídios causados por policiais? Eu disse que 85% dos crimes não são resolvidos porque nós não temos um sistema investigativo acoplado a um sistema de inteligência capaz de produzir efeitos práticos. Uma das questões é produzir programa de polícia comunitária para ajuda mútua. Quantos as mortes, que eu considero acidentes, eu acho que isso passa mais por comando, por gestão, e eu não quero politizar os cargos.

Dirson Argôlo - Professor da Ufba - Que políticas pretende implementar para dar manutenção a acervos artísticos e monumentos arquitetônicos? Gestão de manutenção dos prédios públicos. Eu gostaria de dizer que temos catástrofes anunciadas na Bahia. O arquivo público é um pavio. A biblioteca também é um pavio. É uma confusão. O que nós precisamos é de gestão. É do gestor entender que manter bem mantido evita prejuízo bem maior. Nessa área cultura, eu quero promover a extensão a para ir para o interior da Bahia.

Paulo Fábio Neto - Cientista político - Que orientação o senhor dará a seus aliados sobre o que dizer a eleitores que tinham a intenção em votar em Lula? Defendo o meu candidato que para mim é o mais competente, que é Henrique Meirelles. Não está pontuando ainda, acho que ainda vai pontuar, porque ele conhece profundamente a economia do país e porque ele é competentíssimo no que faz. Então eu estou apoiando o meu candidato. A foto deles está em todos os meus santinhos.

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