Velha guarda do samba lança novo disco com mistura de estilos

Composições inéditas compõem o álbum Bahia Dá Samba, que ganha lançamento em show

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  • Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 08:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Três nomes da velha guarda do samba da Bahia se unem para comemorar a ancestralidade do ritmo com samba canção, samba de breque e samba de raiz. Em um passeio musical que vai do som do sertão e do Recôncavo até o litoral, Valmir Lima, Guiga de Ogum e Reginaldo de Itapuã misturam composições próprias no álbum Bahia Dá Samba, que ganha lançamento nesta terça-feira (27), às 20h, no Teatro do Irdeb, localizado na Federação. O evento, com entrada gratuita, conta com vendas do disco no local (por R$ 20). O show de apresentação do projeto, que traz ainda os estilos partido alto, samba de marcha e samba enredo – com detalhes de ritmos populares como o baião, o calango e o maxixe –, traz os três artistas ao lado dos mestres e músicos que participaram da gravação do disco. Show apresenta também minidocumentário com bastidores das composições (Foto: Divulgação) O evento, que faz homenagem ao Dia do Samba (comemorado no domingo), apresenta também, em primeira mão, um minidocumentário que revela o processo de produção do trabalho e pesquisas dos compositores. A produção audiovisual reúne entrevistas, bastidores das gravações e as trocas entre os mestres. O álbum conta com 12 faixas, contando com quatro composições de cada sambista, também celebrando a obra de Roque Ferreira, parceiro de criações dos compositores. Seguindo a tradição oral, as músicas não se encontravam registradas nem em áudio ou escritas num papel, o que torna o disco necessário para a preservação da memória da obra dos artistas e das raízes do samba produzido na Bahia.  O desejo de resgatar, registrar e apresentar para o público as composições dos sambistas motivou o projeto, que tem a direção artística do músico Ênio Bernardes e a direção musical de Dudu Reis. O Bahia Dá Samba – Memória Viva dos Baluartes do Samba da Bahia partiu de uma pesquisa no universo dos compositores, tendo como uma inspiração o disco Sambas da Bahia, que reuniu Riachão, Batatinha e Panela, em 1973, pelo selo Fontana. A melancolia do cotidiano é um dos temas do disco e pode ser ouvida em Albertina e Madrugada. Já Maravilha é uma canção no estilo samba choro que trata da exaltação à família e à fé. Mariá é um samba de roda, desses que dá vontade de sair batendo na palma da mão, que canta o nascimento de uma nova vida, enquanto Goteira, que também faz parte da obra, é um partido alto cheios de humor sobre os bares da cidade. Mar Grande da Ilha é outro dos títulos do álbum, que traz o samba festivo sobre a história da marujada e das travessias na Baía de Todos os Santos.SERVIÇO: Teatro do Irdeb (Rua Pedro Gama, 28-E - Federação). Terça-feira (27), às 20h. Entrada gratuita. Com vendas do disco no local. Preço: R$ 20.