VIP: 'Tomo menos vinhos... Essa é a parte mais difícil', diz Bell Marques sobre o Carnaval

Cantor fará nove apresentações em seis dias de folia

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  • Gabriela Cruz

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 15:00

- Atualizado há um ano

Nove shows em seis dias. Essa será a impressionante marca do cantor neste Carnaval. Os shows  começam na abertura da folia, dia 22 de fevereiro (quarta-feira) e, daí a terça, 27, Bell só tem folga na quinta - pelo menos até o fechamento desta edição. A preparação para a maratona inclui exercícios físicos, alimentação balanceada e ficar longe dos vinhos. "Essa é a parte mais difícil", brinca Bell, enófilo assumido. 

Esse será seu terceiro Carnaval solo. Ainda fica ansioso, nervoso?É óbvio que existe um costume, mas a responsabilidade aumenta a casa ano. Quando eu encontro alguém na rua, que me fala ‘esse ano vou te ver no Carnaval’, eu fico tenso. O primeiro dia é o pior. É o dia que eu vou entendendo como está a folia, a rua, os blocos... Quando encerro o primeiro dia, relaxo.Bell Marques(Foto: Fábio Cunha/Divulgação)Você vai fazer nove shows em Salvador durante seis dias, entre blocos e camarote. Como é sua preparação para aguentar essa maratona?Eu sempre falo que, quando a perna treme, a garganta fica rouca. Tenho que estar bem fisicamente para aguentar. Eu corro, malho em casa, vou na academia. Eu sempre me alimento bem, mas, nessa época, tenho refeições mais equilibradas. E tomo menos vinhos... Essa é a parte mais difícil (risos)! Mas álcool não combina com garganta.

Você é um dos principais nomes desses 30 anos da axé music. Como você vê a evolução do Carnaval?Eu vejo de uma forma brilhante. Antigamente, era tudo muito lúdico. Só que as coisas cresceram e hoje tem que ter normas, planejamento. Você não pode sair com um trio quando e onde quiser. O Carnaval se profissionalizou, como acontece com tudo quando cresce. Os baianos estão de parabéns, os artistas, todos os profissionais. E o fluxo de turistas é grande. A folia ocupa um espaço muito importante.

Você vai se apresentar na festa de abertura do Carnaval, dia 22 de fevereiro (uma quarta-feira). O que está planejando?Sim! Fiquei orgulhoso, honrado com isso. Vai ser tudo de bom, as pessoas me esperam muito no Carnaval. Quero preparar um palco bacana. E o repertório vai estar dentro do que faço na folia.

Hoje em dia, a música chega muito rápido às pessoas, com a internet, as redes sociais. Você investe nesse meio?Acho extremamente necessário fazer isso. Antes, a música só chegava às pessoas pela televisão ou pelo rádio. Hoje é preciso investir em todos os meios, se preparar muito para tudo. Somos atentos demais para isso. Minha geração é um pouco antiinternet, mas meus filhos, Rafa e Pipo, me ajudam a fazer esse elo com a nova geração. Como eles também são músicos, eles sabem esse caminho.

Entre esses seus projetos nas redes sociais, estão enquetes, pedindo para os fãs escolher algumas músicas para seu repertório...Sim. Faço isso para motivar os fãs, para não deixá-los de fora desse processo. Entendendo o que se pode fazer, a internet é um meio que facilita muito alguns setores. Por exemplo, hoje, se você tiver dinheiro, não necessariamente precisa de tanto talento. Coloca uma música no Spotify que ganhe sucesso e já vira famoso.

Você declarou que quer fazer um DVD de forró depois do Carnaval. De onde surgiu a ideia?Eu adoro forró, gosto muito mesmo. Sempre cantei, desde a minha época com o Chiclete com Banana. É um estilo divertido, e música é isso, se divertir. Criei há alguns anos o Forró do Lago, no São João. E todo ano lanço um CD da festa. Ano passado, fiz um com forró pé de serra que foi maravilhoso. Fui pensando na ideia de criar esse DVD. Acho que poderia ser gravado em um show, mas com público não muito grande... E poderia convidar algumas pessoas, forrozeiros, para cantar comigo... Estou pensando ainda nisso.