Virada deixa Boca do Rio mal acostumada: 'Que venha Semana Santa, São João...'

Comerciantes e moradores comemoram resultado de arena e pedem mais

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  • Raquel Saraiva

Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 02:00

- Atualizado há um ano

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Foto: Arisson Marinho/Arquivo CORREIO Moradores e frequentadores da Boca do Rio saíram de 2017 e entraram em 2018 com o pé direito. Os cinco dias de shows do Festival Virada Salvador movimentaram o bairro e arrancaram elogios de quem frequentou a região. Moradora de Armação, a veterinária Elane Alencar, 29 anos, foi dois dias à festa. “Fui andando. Gostei de ser perto de casa, adorei o espaço e as atrações foram muito boas todos os dias”. 

Elane também elogiou a segurança no local. “Gostei também por ser arena fechada, a entrada tinha revista policial isso nos dá uma confiança de ser mais seguro”, diz ela, que deve se mudar para Piatã em março. “Vou me mudar mas se tiver outras festas na Boca do Rio eu animo de ir sim!”, ela exclama.

Lourdes Chaniele, gerente do Tchê Picanhas, disse que os almoços no restaurante foram bastante movimentados. “A festa não atrapalhou o trânsito, e em todos os dias o restaurante lotou na hora do almoço”, conta ela.

A gerente de vendas do hotel do Salvador Mar, Lorena Oliveira, é só sorrisos quando perguntada sobre o festival. “Foi tudo lindo! Os grupos que se hospedaram aqui já querem fazer reservas para o ano que vem!”, comemora. “Todos os hóspedes falaram o quanto foi tranquilo e seguro. Todos ficaram impressionados”, conta ela, que também curtiu a festa no dia 31 com a filha de oito anos e a mãe, de 72. Gerente de vendas de hotel no bairro, Lorena Oliveira celebra resultados do final do ano (Foto: Almiro Lopes/Arquivo CORREIO) Perguntada sobre a possibilidade de mais festas na Arena Daniela Mercury em outubro e no próximo réveillon, ela responde rapidamente: “Por mim chegava logo! Tô torcendo por essas festas, e tô colada”, brinca.

Em novembro, o CORREIO ouviu a gerente, que disse que o hotel tinha esgotado as reservas no início daquele mês. “Com certeza agora as reservas vão se esgotar ainda antes. Para o Réveillon, no máximo em outubro não teremos mais vagas se a procura continuar como está agora”.

O administrador do restaurante Bela Vista, Ezequiel Santana, conta que não esperava que a festa fosse tão boa.“Tô muito feliz. Queria que tivesse os três dias da Semana Santa aqui, uns dez de São João e o Carnaval fora de época, além do Réveillon”, sonha ele, que está à frente do restaurante há sete anos.“A gente precisava disso. A Boca do Rio tava abandonada, e nesses dias tivemos movimento, segurança total e casa cheia. Depois das 19h eu sentava na porta para ver o movimento do show. Foi perfeito”, ele lembra, já saudoso. 

O restaurante dele, localizado na marginal da Avenida Otávio Mangabeira, em frente ao local da festa, faturou 70% a mais este ano por causa do Festival. “Só não faturei mais porque minha estrutura é pequena”.

O maitre do restaurante Boi Preto conta que os garçons do restaurante saíam do trabalho no final do expediente para curtir o show na Arena Daniela Mercury.

“Teve um que até andou na roda gigante e mandou selfie pra gente! O festival não nos atrapalhou em nada. Esperávamos engarrafamento e vias fechadas, mas os clientes disseram que o trânsito estava normal”, diz Francisco Expedito.

Ele sorri quando perguntado pelas próximas festas. “A expectativa é de estarmos juntos com os clientes novamente”, comenta.

Os taxistas Paulo Filho e Antônio Silva trabalham no hotel Iberostar Praia do Forte e também se beneficiaram com a festa. “A gente trouxe muita gente da Praia do Forte. O movimento para cá foi muito grande”, afirma Antônio. 

Paulo completa: “Se já melhorou agora, que a festa era novidade, nos próximos anos vai movimentar ainda mais! Porque todo mundo falou bem do festival”. Os taxistas Paulo Filho e Antônio Silva lucraram trazendo turistas do Litoral Norte (Foto: Raquel Saraiva/CORREIO)