Visitação ao Parque Marinho de Abrolhos está suspensa até 14 de novembro

Unidade de conservação foi fechada no último domingo (3)

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  • Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2019 às 18:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: IBAMA/Divulgação

Quem pretendia conhecer o Parque Nacional Marinho de Abrolhos vai ter que adiar os planos. A suspensão da visitação ao local foi estendida e os visitantes estão impedidos de ir à reserva até o dia 14 de novembro.  A previsão é reabrir o parque no feriado de 15 de novembro.

As visitas já haviam sido suspensas no último domingo (3). O prazo inicial era de três dias. A primeira suspensão ocorreu pela a chegada de óleo no Arquipélago de Abrolhos no dia 2 de novembro. Apesar de não haver a visualização de novos vestígios do petróleo cru, o local permanece fechado devido às atividades de limpeza da região.    A Ordem de Serviço, publicada nesta terça-feira (5), aponta que o início da maré de sizígia, que provoca uma amplitude na variação do nível do mar e gera mais força na circulação de correntes marinhas, pode trazer novos fragmentos de óleo para o local.   Ao CORREIO, o chefe do parque, Fernando Repinaldo Filho, afirmou que tem chegado cada vez menos resíduos ao local, mas que alguns dos fragmentos são mais difíceis de serem retirados.  Com isso, é empregado o “máximo de energia para deixar o parque o mais limpo possível”.   “A gente espera muito que o parque fique melhor o quanto antes, que não cheguem novos fragmentos nem manchas e que a visitação possa ser reaberta”, acrescentou.   Ainda segundo o chefe do parque, a decisão visa minimizar ao máximo riscos à saúde de visitantes. Na segunda-feira (4) o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acompanhou as ações de equipes da Marinha do Brasil e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no local.

O Parque de Abrolhos passa por um rigoroso monitoramento diário. Navios da Marinha, drone, mergulhadores autônomos, embarcações de pescadores voluntários, Pesquisadores, ONGs, voluntários e a equipe do ICMBio trabalham monitorando a unidade de conservação.   Em nota, o ICMBio informa que foi montada uma barreira de contenção no estuário do Rio Caravelas. O equipamento foi cedido pela empresa Suzano Papel e Celulose. Segundo Repinaldo Filho, instalar a barreira não é simples, pois o material é pesado.    A barreira tem 84 centímetros de altura, sendo que 42 cm ficam dentro d'agua e 42 cm ficam fora d'agua. Ela é feita de uma lona sintética resistente e barras de aço verticais. *Com orientação do chefe de reportagem Jorge Gauthier