Vitória sofre quase três gols por jogo atuando fora de casa

Fora dos seus domínios, Leão levou a mesma quantidade de gols que o Sport, segundo mais vazado do Brasileirão

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 14 de agosto de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Maurícia da Matta/EC Vitória

Juntar os cacos, levantar a poeira e dar a volta por cima. Assim têm sido os inícios  de semana na Toca do Leão cada vez que o Vitória sai para jogar fora dos seus domínios, pelo Campeonato Brasileiro. 

Nesta terça-feira (14), o elenco rubro-negro volta aos trabalhos sob o comando do técnico interino João Burse. Apesar de não saber se será o treinador do Leão nos próximos jogos, uma coisa é certa: quem quer que seja o comandante da equipe vai ter a missão de resolver o problema da defesa.

Os quatro gols sofridos na derrota para o Grêmio deixaram o Vitória ainda mais isolado como a pior defesa da competição até agora. 

Em 18 partidas, o Leão já levou 36 gols. A média é de dois gols por jogo. Para piorar a situação, os números ficam piores cada vez que o Vitória atua longe do Barradão. Como visitante, o time tomou 27 gols. O número é o mesmo que o Sport - segunda defesa mais vazada do Brasileirão - levou em toda a competição.     Boa parte dos gols sofridos fora de casa aconteceu após a Copa do Mundo. Nos três jogos que fez como visitante após a pausa para o Mundial, o Vitória foi goleado por Bahia (4x1), Atlético-PR (4x1) e Grêmio (4x0). No rol de derrotas, o rubro-negro ostenta ainda a goleada para o Santos, por 5x2, e para o São Paulo, por 3x0. 

Rotatividade As mudanças de peças na defesa têm sido constantes no Brasileirão. Dos quatro goleiros do elenco, apenas João Gabriel, contratado do Cianorte-PR, ainda não atuou. Atual reserva de Ronaldo, Elias foi o que mais jogou e sofreu gols no torneio. 

O goleiro que veio da Chapecoense foi vazado 17 vezes em oito jogos, uma média de 2,12 gols por jogo. Na sequência aparecem Caíque (10 gols em cinco jogos) e Ronaldo (nove gols em cinco jogos). 

“Acho que agora é hora de dividir responsabilidade, não apontar A ou B. Estamos todos no mesmo barco, e a responsabilidade é dividida por todos nós”, aponta o técnico interino João Burse.

Quando o assunto é a dupla de zagueiros, a rotatividade também é alta. Até aqui, sete combinações já foram formadas. Kanu e Aderllan foram os que mais atuaram juntos: seis partidas. No período, a defesa tomou 10 gols. 

A maior média de gols sofridos, no entanto, fica para a dupla formada por Kanu e Ruan Renato. Jogando juntos, eles sofreram oito gols em apenas dois jogos, o que dá uma média de quatro gols por rodada. 

“São atletas que estão se dedicando, buscando melhorar. Falta de empenho não falta nos treinamentos. É colocar a mão na consciência e voltar a trabalhar”, continua João Burse.

Agora, o elenco do Vitória mira a partida contra o Palmeiras, domingo, às 16h, no Barradão. Oportunidade para melhorar o desempenho defensivo e a situação na tabela. Com a gordura queimada, o rubro-negro corre o risco de entrar na zona de rebaixamento.